Congo, uma cidade que precisa ser descoberta

Paraíba

A cidade Congo está localizada a 212 quilômetros de João Pessoa. O município, que irá realizar a Festa de Santana, desta sexta-feira (28) ao domingo (30), guarda um verdadeiro paraíso natural que precisa ser descoberto. São inúmeros locais de visitação, cada um apresentando a sua peculiaridade própria.
A Rota Cariri Cultural – entre pedras e veredas fará um passeio Ecológico, uma visita a alguns pontos da Rota, especialmente aos ligados à Serra da Engabelada, onde há inscrições rupestres e onde mora a águia chilena.
Siga o roteiro e se surpreenda:
Barriguda Centenária
No início da Trilha para a Serra da Engabelada, é o primeiro ponto de parada. Uma dessas árvores existe no local há mais de 100 anos.
Na caatinga e no cerrado, elas podem ser encontradas, as fascinantes Barrigudas. É uma árvore pertencente à família dos Baobás, dos Embarés, nativas da Croácia, Turquia e Madagascar. Bastante resistente à seca por depositar em sua “barriga” uma quantidade de água. É muito utilizada em tratamento de contusões e fraturas. Os índios utilizaram o tronco de jovens barrigudas para produzir as placas cilíndricas penduradas nas orelhas e lábios inferiores. Na estrada para a Serra, muitas delas podem ser vistas. E esta idosa precisa de abraços para sobreviver. Se você for ao local, abrace a barriguda!
Fonte: http://cbhsaofrancisco.org.br/barriguda-uma-arvore-tipica-da-caatinga-do-sao-francisco/.

Serra da Engabelada
É uma serra encantadora, todas espalhada pela geografia da cidade, com pedras esculpidas e que guardam ministérios arqueológicos
Possui 489 metros de altura e está localizada no Congo. Depois de alguns minutos de caminhada, o primeiro lajedo da Serra revela sua beleza. O visual da gigantesca serra encanta, principalmente, porque ela possui diferentes e diversos “lados”. Por isso colocaram “engabelada”, de “engabelar”, na gíria nordestina, “enganar”. A escalada da Serra leva até o cumes, onde dá para acampar. De lá podem ser vistos, no pé da serra, o sítio Riacho do Algodão e paisagens. Do outro lado, a Pedra do Gavião, morada da ave rara, o gavião chileno, que escolheu a Engabelada para procriar e viver.
Fonte: http://www.merecedestaque.com/2009/01/serra-da-engabelada-congo-pb.html.
Na Serra, há resquícios dos índios Xucurus, que se estenderam pelo Cariri, mas hoje ainda vivem no norte pernambucano, na divisa do município de Poção e com a Paraíba. Quem primeiro retratou essa região, chamada de Alto Paraíba, foram três holandeses a serviço de Maurício de Nassau. O território da Serra da Engabelada comporta nove sítios, Riacho do Algodão, Sãojoãozinho, Barro Branco, Tapera, Poço Comprido, Tatu, Barra do Rio, Santa Rita do Fundão e Lagoa da Ilha. Tem mais de 30 sítios arqueológicos, de acordo com Frei Martinho de Nantes.
Fonte: Laudemy Lucas

Pedra do Letreiro
Um dos locais da serra onde há diversas inscrições rupestres de 8 mkl anos é conhecida como Pedra do Letreiro.
O local que antecede à Pedra é um lajedo, cercado de vegetação da Caatinga. Embaixo de uma pedra gigantesca, os povos indígenas que habitaram a Serra há milênios pintaram como se fosse um teto, com diversos motivos. Mãos, sol, gente, céu, natureza, bichos e outras formas estão pintadas em vermelho ou encravadas em baixo-relevo nesta imensa rocha. Conforme os pesquisadores que andaram pelo local, pode-se chamar de caverna, onde provavelmente eles se reuniam para dividir a caça ou descansar.

Cemitério Indígena
Antes de sair da serra e chegar ao Congo, ainda na Fazenda Sãojoãozinho, há um possível Cemitério Indigena.
Uma gruta escondida, por trás de uma cerca de arame farpado, na beira da estrada de barro, na qual os moradores já viram algumas onças e jaguatiricas. O local também é morada de alguns animais pequenos, como timbus e mocós, por isso atrai felinos maiores, que se entocam nas locas da gruta. Há vestígios de ossos fossilizados humanos. O costume dos Xucurus, como de muitos indígenas, era depositar restos mortais de antepassados em jarras de argila nestas cavernas. O sinal de que é um cemitério é uma única inscrição rupestre, vermelha, uma pegada ou tridente, no teto.

Fazenda SãojoãozinhoÉ aquele lugar onde a pessoa quer ir para sentir o cheiro de mato verde, do esterco e da comida caseira de fogão a lenha.
Ainda tem umas vaquinhas holandesas, boas de leite, que amanhecem o dia sendo ordenhadas. Dá vontade de tomar um copinho de leite morno, tirado na hora? Então pode chegar à Fazenda Sãojoãozinho, que tem uma casa em arquitetura mista, alemã e colonial. Há casas na Fazenda, mais afastadas da casa principal, que datam de 1800. Mas o melhor é a receptividade dos moradores, muitos descendentes holandeses, a notar pela pele clara, cabelos louros e olhos azuis, como a moradora da Casa, “Branquinha”. Ela é quem fabrica o melhor queijo de coalho da região. A casa terá uma pequena pensão para quem busca passar dias imersos na tranquilidade de uma fazenda.
Responsável: Laudemy Lucas

Riacho do Algodão
Um dos sítios de serra possui alguns moradores descendentes quilombolas, que mantêm a tradição de dançar a ciranda de mulheres.
As moradoras são artesãs também, outra arte passada de mães para filhas. Todas confeccionavam vassouras de coco catolé, uma planta abundante nesta região do Cariri, porém quase devastada por atividades econômicas criativas como esta. Depois do trabalho de conscientização ambiental desenvolvido pelo Ibama em toda a Serra, para a preservação da fauna e da flora, foi proibido a fabricação deste produto. Mas, para manter a atividade econômica, elas substituíram o côco pela garrafa pet. Agora o trabalho é feito com reciclagem, para livrar o meio ambiente do lixo plástico e não parar a produção de vassouras. Se ligar com antecedência, elas podem recepcionar grupos com a dança quilombola mais envolvente do interior paraibano.

Congo
A cidade possui um Centro Histórico dos mais antigos e mistos da Paraíba.
O casario do centro da cidade tem arquiteturas árabes, neo-colonial e Art Dèco. Algumas fachadas são muito bem preservadas, mostrando uma exuberante beleza de um tempo de imperadores. Se o visitante passar pela cidade no sábado, vale a pena passar na Feira Livre e conhecer os produtos agrícolas ou orgânicos, já que tem a Feira Agroecológica. O local mantém algumas lojas de venda de artesanato em couro. É onde as cirandeiras artesãs também comercializam seus produtos e muitas vezes se apresentam.

Informações: http://www.congo.pb.gov.br/index.php

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