As indústrias criativa e a cultura – o grande diferencial para os negócios

Regina Amorim

Para empreender no setor criativo, é preciso ter conhecimento sobre o empreendimento desejado, possuir algumas características comuns do empreendedor, tais como: autoconfiança, coragem para assumir riscos calculados, ser otimista, ter afinidade com o setor que quer empreender, ter capacidade de lidar com a adversidade.
Nesse processo, o empreendedor cultural, além de ser apaixonado pela sua arte, precisa buscar conhecimentos para gerir o seu negócio como outro qualquer.
A economia colaborativa é um dos pilares mais importantes para a modelagem dos negócios criativos. É importante ressaltar que o modelo de negócio é suporte para a elaboração de um excelente plano de negócio, mas não substitui o plano de negócio. São coisas distintas que estão conectados e se complementam.
As “Indústrias Criativas” integram o conceito de “Economia Criativa”, cuja base são as pessoas e a sua criatividade, possui características necessárias para o desenvolvimento cultural, social e econômico do mundo contemporâneo.
No século XXI as indústrias criativas e a cultura são o grande diferencial para os negócios. A economia criativa faz parte de novas políticas e estruturas de desenvolvimento econômico de uma região, ou de um país.
O desenvolvimento da economia criativa viabiliza a inclusão social, estimula a produção não poluente, valoriza as características regionais, e promove a inovação tecnológica, sem as dificuldades de expansão econômica, comuns dos modelos tradicionais.

Um dos princípios norteadores para atuar em um determinado setor econômico é compreender as suas vinculações com o território, conhecer a história do lugar, das pessoas do lugar, suas crenças, seus valores, seus saberes e fazeres.
A economia criativa tem como princípios norteadores a diversidade cultural, a sustentabilidade como fator de desenvolvimento local, a inovação como um dos vetores do desenvolvimento cultural.
Denomina-se “Territórios Criativos” os bairros, cidades ou regiões que apresentam potenciais culturais criativos, capazes de promover o desenvolvimento sustentável, integrado à preservação e à promoção de seus valores culturais e ambientais.
Localizada no Brejo Paraibano, Remígio se prepara para ser a “cidade criativa da música”, assim como o município de Areia pode ser a “cidade criativa das artes visuais” (pintura, escultura e fotografias). Solânea pode se transformar na “cidade criativa das artes cênicas” (teatro, dança, circo, marionetes). Bananeiras pode ser a “cidade criativa da gastronomia”.
Centenas de pessoas e empresários do Brejo paraibano terão acesso à economia digital através da Rede de Economia Criativa, um espaço educador, presencial e virtual, que contribuirá para a formação de jovens empreendedores, profissionais e estudantes, que passarão a vislumbrar oportunidades de negócios em um mundo globalizado.
E assim, os negócios se transformarão, através da inovação nas áreas do marketing, expressões culturais, design, comunicação, música, audiovisual e gastronomia.
   
Um território com foco no desenvolvimento local precisa ter como objetivo principal o aumento da competitividade, através de ações que facilitem a cooperação entre as empresas e contribua para ampliar a sua capacidade de inovação.
A referida Rede de Economia Criativa será referência para outras regiões do Brasil, possibilitando o empreendedorismo que transforma, com negócios criativos, fomentando a sustentabilidade, a inovação e a criatividade.
SEBRAE tem conhecimento do assunto e uma experiência importante para somar forças no processo de criação de uma política pública para o setor de economia criativa na região do Brejo Paraibano. Além do SEBRAE, outros parceiros poderão contribuir. Como exemplo, as prefeituras da região do Brejo, e o Fórum de Turismo do Brejo.
Regina Medeiros Amorim
Mestre em Visão Territorial e Sustentável do Desenvolvimento,
Pós graduada em Gestão e Marketing do Turismo,
Gestora de Turismo do SEBRAE – Paraíba.

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