Confederação homenageia paraibano que é o instrutor há mais tempo em atividade no Brasil

Paraíba

O paraibano Flaviano Bezerra Alves é o instrutor há mais tempo em atividade no paraquedismo  brasileiro. Neste sábado, 26, será homenageado pessoalmente pelo Presidente da CBPq, Raimundo Pereira dos Santos Neto, em evento no Aeroclube da Paraíba promovido pela Federação Paraibana de Paraquedismo – FPBPq.
A história de Flaviano no paraquedismo começou com a desativação do Aeroclube de Campina  Grande, o que forçou os paraquedistas a realizarem lançamentos numa área que ficava próxima à sua casa, na Vila Lira, onde se tornou voluntário na equipe de terra, correndo para ajudar aqueles audazes paraquedistas aterravam com seus pouco manobráveis paraquedas “redondos”, a recolher aqueles panos coloridos após o pouso.
Com o incentivo de sua mãe, que era a tesoureira do lar, se inscreveu no curso de paraquedismo com o Instrutor Raul Moraes, lançando-se pela primeira vez da aeronave PP-HPV, às 16:45h do dia 27 de agosto de 1967, quando viu pela primeira vez sobre sua cabeça o camuflado do T-7, paraquedas redondo com reserva ventral, sendo saudado em sua aterragem por toda a família e a criançada do bairro que, como ele outrora fizera, corriam em sua direção para ajudá-lo na aterragem gritando “Lá vem Fravim, lá vem Fravim!”
O campinense radicado em João Pessoa, filho de veterano combatente da 2ª Guerra, com credencial n° 74 da CBPq, tornou-se instrutor ainda na época dos paraquedas redondos Papilon e T10, em 1977, onde a instrução terra-ar era dada correndo com uma cadeira vermelha em solo, pois não se usava rádio comunicador ainda. Acompanhou a evolução para o paraquedas “quadrado”, mais dinâmico e manobrável e continuou formando as novas gerações de atletas, já tendo ultrapassado os 1.000 alunos formados, entre eles, sua filha, primeira a seguir seu vôo, a esposa e um filho.
Dentre as façanhas que viveu como paraquedista e das centenas alunos formados e de demonstrações realizadas, orgulha-se de ter sido o primeiro paraquedista a pousar em um campo de futebol, ainda com paraquedas redondo, além de ter inaugurado, na década de 80, o pouso em Areia Vermelha, ilha de areia que aflora a cerca de 2km do nosso litoral apenas na maré baixa.
Comemora 50 anos como paraquedista honrado por ter presentes no evento seu pai, veterano da 2ª Guerra e sua mãe, financiadora de seu sonho, com a mesma emoção do seu primeiro salto, feliz pela evolução da segurança no esporte e com esperança que ainda terá muitos alunos a formar.
      
Assessoria de Imprensa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *