Paraibana vai estudar e se torna professora universitária em Portugal

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A jornalista paraibana Marina Magalhães de Morais está na Europa há sete anos, já tendo residido e estudado em diversos países do continente. Segundo ela, quis ter uma experiência fora do país desde a adolescência. “Quando era muito jovem, faltava dinheiro. Quando entrei para o mercado de trabalho, faltava tempo e coragem. Então, após concluir o Mestrado em Comunicação, resolvi me dar ao luxo de tirar um semestre sabático para aprimorar o inglês”, disse.
Aberta ao que viesse em seguida, aponta a paraibana, começou a experiência na Irlanda, em 2011, onde passou seis meses. “De lá, me mudei para Portugal, para cursar um doutorado em Comunicação na Universidade Nova de Lisboa, tive um estágio de quase um ano na Itália, em Roma, neste meio tempo… Ou seja, os bem planejados seis meses viraram inesperados sete anos, ao menos por enquanto.”
Sobre os desafios, Marina Morais disse que a mudança “não foi uma decisão difícil, já que buscava um crescimento pessoal e profissional há algum tempo”, Porém, na fase da adaptação – ao clima, à rotina, à culinária e à cultura estrangeira – “no começo parece desafiadora, mas com o tempo pode ser cansativa, dependendo de cada país”, afirma.
“É preciso estar aberto ao novo, ter a oportunidade de se reinventar, trabalhar com coisas que lhe tiram da zona de conforto, alimentar a vontade de se integrar em uma nova cultura e, claro, respeitar o lugar do outro, seus costumes, tradições e humores”.
Sobre voltar ao Brasil, a paraibana revela que sempre será uma possibilidade, levando-se em conta que as suas raízes estão em João Pessoa.
“Embora me sinta bastante integrada à cultura portuguesa, pois ao longo de sete anos conquistei o meu espaço no mercado de trabalho no país (como jornalista, pesquisadora e professora universitária), sinto que o esforço longe de casa é sempre maior”.
No entendimento dela, “é preciso provar dia após dia a que vim, o que pode ser muito difícil para quem deixa uma carreira confortável e ótimas relações de trabalho na terra natal. Nem todos resistem à pressão da vida de imigrante, leva um tempo para as coisas acontecerem quando se decide recomeçar do outro lado do mundo. Porém, questões como segurança, qualidade de vida e possibilidade de internacionalização da carreira e das experiências de vida falaram mais alto até o momento.”
Marina Magalhães está com 34 anos de idade e, com o conhecimento que adquiriu por tanto tempo na Europa, atualmente trabalha como jornalista em um site em Lisboa, além de atuar como professora convidada da Universidade Lusófona do Porto e como investigadora na Universidade Nova de Lisboa, onde conquistou o título de doutora em Ciências da Comunicação.
A paraibana também já atuou em redações de jornais em João Pessoa.

Fábio Cardoso –  Foto: Arquivo pessoal