Ferraris F40 e F50 pela primeira vez juntas no Brasil

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Imagine você olhar pelo retrovisor e aparecer uma, duas, três…dez Ferraris, cinco Lamborghinis e mais um monte de superesportivos. Isso pode rolar para quem estiver rodando pelo sul do Brasil nesta semana. Vem aí a sexta edição do Dream Route, o maior rally de luxo da América Latina.
O evento começa na próxima quinta-feira (27) e vai até domingo, com largada em Florianópolis, passagem por Balneário Camboriú e chegada em Bento Gonçalves, cruzando a belíssima rota do sol na serra gaúcha.
Já estão confirmados mais de 50 superesportivos, diversos carros da Mercedes, Audi, Porsche e muitos outros. Entre as Lamborghinis serão dois modelos da Aventador e dois da Gallardo, além de uma rara Lamborghini Diablo. Além de 10 Ferraris, com destaque absoluto ao inédito encontro num evento nacional de dois ícones da marca, a F50 e a F40.
Ferrari F50 – Equipada com motor 4.7 V12 de 520 cavalos, capaz de atingir os 325 km/h. Foi apresentada em 1995 para comemorar os 50 anos da marca. Outra característica é o seu interior espartano, sendo o ar condicionado o único item de conforto. Som só do ronco do motor.
A capota da Ferrari F50 é rígida, algo que na época era uma novidade, e o motorista deveria escolher se sairia da garagem com ou sem capota, já que não havia espaço para levar o teto no carro. Com apenas 349 unidades, é um dos modelos mais cobiçados da marca.
O modelo que vai participar da Dream Route é ainda mais raro, pois é uma pré-série. Uma das 3 que existem no mundo. Segundo o proprietário, a F50 é o único carro do mundo até hoje que tem um motor de F1 espetado num carro de rua. “É o mesmo motor da Ferrari de F1 da temporada de 1990, pilotada por Prost e Mansel. Juntos, naquele ano, eles venceram seis provas, e Prost foi vice-campeão. O Senna foi o campeão e o Piquet ficou em terceiro”, relembra.
O motor, claro, foi redimensionado para a F50, numa rotação menor. Mesmo assim é um canhão. “Ele atinge a potência maxima entre 8 mil e 8,5 mil giros. Mas eu já acelerei até 9 mil giros e ele não cortou”, diz o empresário que também é piloto federado, com muita experiência em pistas. “É um carro muito forte, leve, feito em fibra de carbono, pesa apenas 1200 quilos, além disso é largo e baixo e tem uma ótima aerodinâmica, as asas o deixam grudado no chão. Em Interlagos, por exemplo, o traçado dele é completamente diferente dos outros. É o melhor carro que já pilotei numa pista”, completa.
Mas para andar de F50 na cidade, na rua…aí o bicho pega. “Muito complicado…diferente dos superesportivos de hoje, a F50 é baixa e a suspensão rígida, não ativa, e os buracos, valetas, lombadas e irregularidades são cruéis. Tem que ir bem na boa”, diz.

Ferrari F40 – Antecede a F50 e foi produzida entre 1987 e 1992 por ocasião dos 40 anos da Ferrari. As características são bem semelhantes, como o interior espartano, baixo peso, muita potencia e estilo. A F40 teve também teve uma baixa produção, apenas 1.315 unidades, todas na cor vermelha.
Então o esportivo mais poderoso do planeta, podia alcançar máxima de 324 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos. Tudo fruto da mistura do baixo peso (1.100 quilos para um modelo de 4,36 m de comprimento) e do motor V8 central-traseiro, longitudinal, 2,9 litros, 32 válvulas, com dois turbos, com 478 cv.
A Ferrari F40 que vai participar do evento é uma das poucas que rodam no Brasil e quem cruzar com a Dream Route terá uma rara oportunidade de ver esse superesportivo de perto rodando ao lado de uma F 50.

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