Casal de paraibanos narra drama para voltar de BH após incidente em aeroporto

Aviação

O incidente ocorrido na quinta-feira (21) com o Boeing 777-300ER da Latam Airlines Brasil no aeroporto internacional de Belo Horizonte (BH-Airport) tumultuou a movimentação de voos do equipamento mineiro para o restante do país, com cancelamento de dezenas de voos, além dos que foram transferidos para o Aeroporto de Confins, também na região metropolitana da capital mineira.

O incidente não apenas atrapalhou a vida das pessoas, independente da companhia aérea, como demonstrou o total despreparo dos funcionários para tentar conciliar os direitos e necessidades dos passageiros, com o que a empresa poderia atender de imediato.

Em algumas situações, simplesmente, não houve a possibilidade de diálogo amistoso. Um desses casos foi da jornalista paraibana, Rossana Espínola, que estava há quatro dias em Belo Horizonte para resolver problemas pessoas com o marido, defensor público Elson Carvalho.

O casal procurou saber informações sobre o voo que iriam embarcar para retornar para João Pessoa na área de check-in da Gol Linhas Aéreas. Uma funcionária de pré-nome Taísa atendeu e, segundo Rosana Espínola, desde o começo do diálogo passou a colocar dificuldades.

De cara, a funcionária foi logo avisando de que o casal não iria embarcar naquele dia, informando que tinha duas opções: ou viajar em nova data, ou receberiam dinheiro de volta. A jornalista disse que o casal se dispunha a embarcar para outro destino, como Recife, Natal e até Brasília. A funcionária ignorou a proposta, afirmando que não havia vagas nesses voos, mas, segundo Rosana, o voo para Natal não estava lotado. Era pura indiferença da moça, que parecia ser totalmente despreparada para essas situações.

Sem opção, o casal paraibana seguiu para um hotel em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, a 50km do aeroporto. A corrida do táxi era de R$ 120. Eles receberam um voucher para alimentação no hotel, mas, por puro desconhecimento da Gol, não dispunha de refeição, apenas lanches. O casal tentou ainda negociar pelo call center, que não respondia; pelo MSN, que não atendia. Agora, estão entrando com uma ação na justiça.

Abaixo, Rosana faz o relato do drama que o casal viveu:

“Entendo a questão do incidente (do avião da Latam Brasil). O problema é quanto as escolhas de prioridade e descaso total. Tipo, ou você aceita a data que imponho ou devolvo o dinheiro! E ai, fazemos o que? Ainda mais nesse período! Acredita que nos colocaram numa cidade chamada Lagoa Santa, sem nos perguntar? Fica mais próxima do aeroporto, mais a cerca de 50km de BH. Eu não podia passar quatro dias longe de uma cidade sem estrutura e se precisasse de suporte medico.”

“A funcionária Taisa, foi muito grosseira e o supervisor parecia não se importar com a situação. Fizemos tudo como manda o figurino. Inclusive, fomos ao aeroporto tentar resolver, pois o call center ate hoje não atende. A corrida media até lá é de R$120. Quanto a comida, outro absurdo. Via msn Elson tentou resolver, até agora nada! Silêncio total!”

“Como disse, o descaso aborrece mais que qalquer coisa. Depois de 11 dias em BH, tudo que eu queria era voltar para casa. Compramos passagem mais cara (Max) para, acaso ter imprevisto, conseguir mudar, sem multa e com mais facilidade. Somos cliente Smille. Nada, nada disso é levado em consideração.”

“Falamos que podíamos para Recife, Natal e nada. Tinha vaga para Natal e a atendente se fez de rogada, O que nos chateou bastante. Todas as opções foram dadas. De inicio, sequer estadia queria oferecer. Enquanto a atendente oferecia tudo a uma passageira, que viu nossa situação e deu a dica. Vamos entrar na justiça sim, agora é esperar no que vão decidir”.

Fábio Cardoso

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