João Azevêdo admite terceirizar aeródromos de Cajazeiras e Patos

Aviação

O governador da Paraíba, João Azevêdo, admitiu, nesta quarta-feira (02), que o Governo pode discutir a terceirização dos aeródromos pertencentes ao Estado. “É possível, mas é preciso primeiramente que surjam os interessados. Eu não vejo problema nenhum que a operação do aeroporto seja terceirizada desde que a empresa garanta a operação de uma linha da aviação regional”, afirmou. De acordo com Azevêdo, o processo de terceirização é possível, “até porque os termos que temos de liberação dos aeródromos junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) permitem que o Estado altere, terceirize ou faça uma gestão partilhada com alguma empresa. As condições para se ter essa linha regional é possível. Hoje, se entendendo que precisaríamos uma linha João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras, fazendo esse grande eixo”, disse o governador. .

Melhores malhas do Nordeste

Azevêdo afirmou ainda, que a Paraíba tem uma das melhores malhas de aeródromos dos estados do Nordeste, de pequeno porte em várias cidades e de maior porte, como é o caso de Patos e Cajazeiras, que precisam, segundo ele, de algum tipo de intervenção para que possam começar a operar com transportes de passageiros. “Fizemos reuniões com várias empresas aéreas, a exemplo da Azul, no ano passado, mas não houve avanço. O Governo Federal tinha um programa de reconstrução de 250 aeródromos no Brasil destinados à aviação regional. Esses recursos viriam do Fundo da Aviação e está lá, dinheiro que não acaba mais, mas infelizmente não foi autorizado. Dentro desse programa estava o aeródromo de Patos. O aeródromo de Cajazeiras é novo, que nós fizemos recentemente toda a sua iluminação, você pode pousar a qualquer hora”. .

Empresários interessados

A possibilidade de terceirizar os aeródromos do Estado coincide com um movimento que está sendo feito por um grupo de empresários paraibanos. Delano Campos, proprietário da TAG – Transportes Aéreos Glória, empresa genuinamente paraibana, revelou que existe o interesse desse grupo de discutir com o Governo a cessão dos equipamentos de Cajazeiras e Patos. Esse diálogo deve ser iniciado, segundo ele, em até 30 dias.

Operações a partir de 2020

A TAG, segundo Delano, tem um projeção para começar a operar até 2020 com um ATR 42 500, com capacidade de atender até 50 passageiros. Seriam, de início, quatro voos diários indo e vindo de João Pessoa até Cajazeiras e Patos, nos horários de 6h, 12h, 18h e 23h30, com a utilização de duas aeronaves. O preço das passagens, conforme o empresário, ficaria de 35% a 40% acima do preço da passagem de ônibus, mas o tempo de viagem com economia de cinco horas, pelo menos. Seriam16 voos diários e aproximadamente 480 voos e entre 15 mil a 20 mil passageiros embarcados por mês.

Projeto de 10 anos

 “A TAG foi um projeto que realizei após 10 anos de pesquisa para saber qual estado teria condições de abrigar uma empresa aérea regional. A Paraíba é o estado com a melhor estrutura, pois têm demanda de passageiros e dois aeroportos em locais maravilhosos. Todas as informações para isso realmente se tornar realidade, foram obtidas através de uma pesquisa de mercado secreta que fiz com uma empresa que contratei de Recife”, revelou o empresário. Delano confirmou que já foi à Embraer e, com os dados em mão, iniciou o projeto, conseguindo um sócio que era contador e que poderia avaliar todos os dados financeiros e saber se era viável. “A planilha não mente e os dados da Embraer me ajudaram bastante”, pontuou.

Fábio Cardoso

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