Presidentes da CNI e Fieps são soltos, mas terão que deixar os cargos

Brasil

A Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) soltou seis dos dez presos na Operação Fantoche, da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo (MTur) e entidades do Sistema S, entre elas o Sesi. A soltura foi determinada pelo juiz federal César Arthur Cavalcanti de Carvalho, na sede da JFPE, no bairro do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife.

Foram soltos:

  • Robson Braga de Andrade – presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI);
  • Ricardo Essinger – presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe);
  • Francisco de Assis Benevides Gadelha – conhecido como Buega Gadelha, é presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) e um dos vice-presidentes da CNI;
  • José Carlos Lyra de Andrade – presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (Fiea);
  • Lina Rosa Gomes Vieira da Silva – empresária e publicitária, ligada à Aliança Comunicação;
  • Hebron Costa Cruz de Oliveira – advogado e presidente do Instituto Origami.

Lina Rosa foi liberada após audiência de custódia, com a aplicação de medidas cautelares. Segundo a Justiça Federal em Pernambuco, os outros cinco presos foram soltos porque já foram ouvidos pela PF e não havia mais diligências a serem feitas. Eles precisam cumprir medidas cautelares como afastamento das funções de dirigentes das entidades onde trabalham.

Hebron Oliveira foi o único a ser ouvido no Recife. Ele também é proibido de frequentar entidades relacionadas à investigação. As outras quatro ouvidas ocorreram em Brasília e a indicação de soltura foi acatada pela Justiça Federal em Pernambuco.

Prisão temporária

Segundo a JFPE, os outros quatro alvos dos mandados de prisão cumpridos na Operação Fantoche tiveram a prisão temporária decretada, com prazo de cinco dias, e seguem para o Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. São eles:

  • Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva – empresário e um dos donos da Aliança Comunicação, que já havia sido preso pela PF em 2013, na Operação Esopo;
  • Jorge Tavares Pimentel Junior – empresário sócio da empresa Neves e Silva Produção;
  • Júlio Ricardo Rodrigues Neves – empresário sócio da Idea Locação de Estruturas e Iluminação;
  • Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva – sócio da Aliança Comunicação.

Entenda o caso

A investigação aponta que um grupo de empresas, sob o controle de uma mesma família, vem executando contratos desde 2002 por meio de convênios tanto com o ministério quanto com o Sesi. Eles receberam mais de R$ 400 milhões por esses serviços.

G1

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