Governador da Paraíba diz que não entrará em disputa política para implantar VLT em Campina Grande

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O governador da Paraíba, João Azevêdo, disse que durante a campanha eleitoral, teve a oportunidade de conversar com todos os segmentos de Campina Grande, em especial, e que a demanda do incremento do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) apareceu como um dos temas principais de reivindicação, e, numa análise feita naquele momento, foi detectado a importância desse novo equipamento para a cidade.

“Então, nós colocamos isso no nosso plano de governo, porque era possível, pois eu fiz uma análise técnica e conseguimos, evidentemente, identificar que era possível implementar um VLT, considerando que a faixa existente da antiga CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) cortava a área urbana de Campina Grande exatamente no meio”. Desta forma, afirmou o governador, “era possível implementar o VLT”.

O governador observou que a linha férrea já existe, mas precisa ser requalificada, porque, por exemplo, a bitola não é a mesma e precisa ser feito todo o trabalho de reestruturação da linha.

Em janeiro deste ano, ao assumir o governo, Azevêdo lembrou que foi ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em Brasília, e informou que tinha um projeto para a implementação da VLT em Campina Grande, Na oportunidade, Azevêdo informou que não queria um centavo do Governo Federal. “A única coisa que eu quero, é que o senhor libere a faixa para que a gente possa implantar o VLT. Nós temos o dinheiro, nós temos o projeto, nós temos os técnicos que querem fazer o trabalho e iremos fazer”.

Segundo Azevêdo, o ministro rebateu dizendo que aquele era o tipo de projeto que ele gostava, “que vem pra cá e não me pede nada”. Seguindo, o ministro afirmou que iria pedir ao setor jurídico do ministério para descobrir a forma correta de repassar essa concessão para o Estado. “Fiquei aguardando”, revelou o governador.

Nessa semana, disse Azevêdo, o governo havia sido avisado que o processo estaria sendo encaminhado, e seguiu para Brasília para novo encontro com o ministro. Freitas disse ao governador ter encontrado a forma do repasse. Então, foi marcada para o dia 17 de julho a assinatura de um termo de concessão, inclusive, já tendo sido conversado com a concessionária.

Apesar de tudo já definido, o governador se disse surpreso quando, no dia seguinte ao anúncio da assinatura do contrato, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, anunciava que a prefeitura iria implementar o VLT na cidade. “Fiquei surpreso, porque soube que, no encontro que ele teve com o presidente Bolsonaro, teria pedido para cancelar esse contrato e que a prefeitura faria a obra”.

“Eu jamais disputaria a execução de uma obra. Não é isso. O que me interessa é que a obra seja feita. Se o prefeito de Campina Grande trouxe para si a responsabilidade de executar essa obra, que implemente, não tem problema nenhum. O Estado vai ficar aguardando. Se o prefeito dizer que tem o dinheiro para fazer, como o Estado tem os recursos, que diga, anuncie e comece a fazer a obra. Não tem problema de disputa política comigo. Agora, tem uma coisa, se ele não fizer até a data dele deixar a prefeitura, o Estado vai lá, refaz o projeto e executa a obra, porque nós temos esse compromisso com o povo de Campina Grande, assumido durante a campanha”.

Azevêdo enfatizou, que os futuros moradores do conjunto habitacional Aloísio Campos com mais de quatro mil casa, e as pessoas vão precisar desse tipo de transporte para se locomover para trabalho, para o lazer, para ir à escola, para ir ao comércio. “Não tem como tirar aquelas pessoas de lá todos os dias, porque não tem sistema de transporte coletivo lá.”

Fábio Cardoso

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