O Nordeste está em estado de alerta em decorrência do surgimento de manchas de óleo praticamente em todo a extensão de seu litoral. As informações sobre o surgimento das manchas têm confundido a população brasileira, pela superexposição do tema, mas, sobretudo, porque não existe uma linha de apuração que separe o joio do trigo.
Na manhã desta segunda-feira (28), estive nas praias entre João Pessoa e Cabedelo, numa extensão de quase 12 quilômetros. Foi uma caminhada lenta, com os olhos vidrados no mar e na terra, olhando passo a passo pequenos detalhes do vai e vem das ondas da água límpida do mar. Tive até a oportunidade de presenciar o sobrevoo da um helicóptero da Marinha Brasileira, que fazia uma vistoria do mar lá de cima.
Na extensão de areia e mar que cruzei nesta manhã, não vi absolutamente nada de mancha de óleo. Nosso litoral continua límpido e maravilhoso como sempre, e maravilhando os turistas que se dizem privilegiados por estar na Paraíba.
A maré colaborou e tive o privilégio de caminhar e até me banhar numa imensa faixa de um banco de areia, que permitiu que a água do mar quente encobrisse os pés. Quase não saio desse pequeno pedaço de paraíso.
Também testemunhei alguns grupos de turistas embarcando em catamarãs que seguiram em direção à Areia Vermelha, um banco de terra em pleno ao mar do Oceano Atlântico. Uma curiosidade, é que se podia chegar naquele paraíso andando mais de metade do trajeto. O outro, com braçadas. Um barqueiro me ofereceu levar até lá por apenas R$ 25, ida e volta. Deixei para outro dia.
Resumindo a manhã: o litoral paraibano continua delirante como sempre.
Ficamos na torcida para que essa beleza continue encantando a todos e que os nossos vizinhos nordestinos se livrem o mais rápido possível desse pesadelo. O Nordeste é um só.
Beth Espínola