Turismo colaborativo – uma tendência de mercado

Regina Amorim

Importantes transformações vem ocorrendo nos diversos segmentos de mercado e novos modelos de negócios colaborativos se espalham, nas redes sociais. São os novos tempos dos smartphones e dos aplicativos, da “geração Y” e da “geração Z” se apropriando da tecnologia da informação e da comunicação, ora como clientes, ora como fornecedores, que têm preferências diferenciadas e focadas no “ter acesso” ao invés de “ter bens adquiridos”. Uma geração mais altruísta, com poder social, direcionada para o consumo mais colaborativo, onde quase tudo pode resultar em compartilhamentos, seja moradia, viagens, tecnologia, serviços, alimentos, carros, ferramentas, informação, hospedagem.
Organizar uma viagem através de plataformas da nova economia colaborativa é cada vez mais comum e aumenta as possibilidades de viajar através do turismo colaborativo: o que fazer, onde ficar e como visitar uma cidade. São alternativas inovadoras e criativas de viajar e desfrutar momentos de lazer.
A economia colaborativa é a busca do bem comum, do bem-estar social e da sustentabilidade, uma tendência no mercado, através dos portais digitais e das novas perspectivas de trabalho. Estamos falando de empresas de consumo colaborativo tais como Airbnb, relacionada a hospedagem, o Eatwith onde pessoas abrem suas casas e cozinhas para visitas, ou UBER ao invés de táxi.
Cada vez mais os turistas querem experiências de viagem mais autênticas e exclusivas, que têm tudo a ver com a economia colaborativa, a grande tendência deste século.
Turismo Colaborativo foi a estratégia que muitas pessoas encontraram para viajar com segurança e, ao mesmo tempo, gastar muito menos, quando comparado ao turismo e à hotelaria do modelo tradicional.
Estudos indicam que 2050 será o ano em que a “economia colaborativa” atingirá o seu ápice e se estabelecerá como o principal modelo econômico na maior parte do mundo, ou seja, a economia tradicional baseada na escassez dará lugar à economia em abundância, mais focada na criatividade, que é um recurso ilimitado.
Portanto, para os especialistas, o modelo de economia colaborativa não tem volta. A tendência é que todo tipo de negócio esteja fazendo parte desse mundo digital.
Segundo estudo da consultoria PwC, 20% dos americanos já fazem parte da economia colaborativa, seja como consumidor ou como prestador de algum tipo de serviço. Na América Latina, o Brasil é o país em que a economia colaborativa é mais representativa.
Por isso cada vez mais, os negócios precisam se adaptar ao conceito de economia colaborativa para sobreviver. Vários hotéis e pousadas no Brasil já participam desse movimento de viagem colaborativa: oferecem ao viajante hospedagem, em troca da prestação de serviços, desde ajudar para cuidar do jardim, da limpeza ou da arrumação, fazer pequenos reparos ou dar aulas de ioga, tudo é possível nessa relação de troca.
Se você é empresário ou empreendedor, procure conhecer mais sobre negócios colaborativos e invista em um planejamento de médio prazo, onde possa estar inovando, se reinventando, buscando formas criativas de reduzir custos e estar conectado ao mundo digital.
Regina Medeiros Amorim
Mestre em Visão Territorial e Sustentável do Desenvolvimento,
Pós graduada em Gestão e Marketing do Turismo,
Gestora de Turismo do SEBRAE – Paraíba.

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