Aeroportos da Paraíba na lista dos privatizáveis da Infraero

Paraíba

O Governo Federal deve formar três blocos de aeroportos sob a administração da Infraero (Empresa Brasileira da Infraestrutura Aeroportuária) para repassar à iniciativa privada por meio de leilão. Os blocos envolveriam 13 terminais, entre eles os de João Pessoa (Presidente Castro Pinto) e Campina Grande (João Suassuna).
O anúncio oficial será feito após a reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que deve ocorrer no próximo dia 23. Inicialmente a ideia seria privatizar 19 terminais para melhorar o caixa do governo. Com a medida, ainda em estudo, o governo estima arrecadar mais de R$ 6 bilhões.
A proposta do governo deve esbarrar no volume de dívidas de metade dos aeroportos. Dados preliminares do balanço do primeiro semestre deste ano da Infraero, divulgados pelo Valor Econômico na semana passada, apontam um prejuízo de R$ 276 milhões. Esse valor, segundo especialistas, irá dificultar a intenção da empresa de abrir capital, pela dificuldade de sanear as suas contas.
De acordo com os números, no ranking dos 10 aeroportos superavitários, o de Congonhas (SP) lidera, com o lucro de R$ 137,3 milhões. Nesse grupo, estão três aeroportos do Nordeste entre os setes mais lucrativos. São os de Salvador (BA), que está em segundo com um lucro de R$ 59,6 milhões; Recife (PE), em sexto, com R$ 47,2 milhões; e Fortaleza (CE), em sétimo, com R$ 36,9 milhões.
O Aeroporto de João Pessoa está entre os 10 mais deficitários, com um prejuízo de R$ 9,2 milhões, ocupando o oitavo pior resultado no período. O aeroporto de Corumbá (MS) teve um prejuízo de R$ 2,8 milhões – o menor valor entre os deficitários – e o da Pampulha (MG) que registrou o maior prejuízo, de R$ 15,2 milhões.
Fábio Cardoso

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