Deputado questiona privatização do aeroporto do Recife em bloco deficitário

Aviação Brasil

O deputado federal pernambucano Felipe Carreras assumiu, nesta quarta-feira (18), a vice-presidência da Comissão de Turismo na Câmara dos Deputados, em Brasília. Logo no primeiro dia no cargo, Carreras confirmou a Audiência Pública que vai discutir a forma de licitação do Aeroporto Internacional do Recife para a próxima quarta-feira (25). A intenção é discutir o modelo de desestatização proposto pelo Governo Federal.
O deputado quer garantir que os investimentos da empresa privada que ganhar a disputa sejam destinados da forma correta para o Aeroporto. “Estamos no mesmo lote que cinco outros aeroportos, de menor movimentação e deficitários. Recife hoje possui um dos melhores equipamentos do Brasil, elogiado por passageiros e sempre presente entre os primeiros colocados nas pesquisas de satisfação. Tudo graças ao trabalho dos centenas de funcionários que se dedicam a melhorar a cada dia a qualidade do serviço e uma boa experiência por parte dos usuários. Quem garante que vamos receber os investimentos de forma correta e proporcional? Não é coerente entregar um dos maiores orgulhos de Pernambuco de qualquer forma”, afirmou Carreras.
No fim de março, o Governo Federal havia escolhido o estudo para subsidiar a concessão dos aeroportos divididos em três blocos. O valor do ressarcimento pelos estudos do bloco 2, que engloba os terminais do Nordeste, é de R$ 28,3 milhões, sendo R$ 6,4 milhões do Aeroporto do Recife. Pelos blocos 3 e 4, compostos pelos aeroportos de Mato Grosso e de Vitória e Macaé, receberá R$ 20,7 milhões e R$ 10,5 milhões, respectivamente. Pelo edital, o Aeroporto do Recife deve ser leiloado junto com os terminais de Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE).
Uma das bandeiras levantadas pelo deputado é a manutenção dos cargos dos funcionários da Infraero que estão trabalhando, atualmente, no Aeroporto. A intenção é que eles tenham, pelo menos, um período de estabilidade, mesmo na empresa privada. “Estamos falando de centenas de famílias. Essas pessoas precisam ser respeitadas e ter a tranquilidade que permanecerão nos seus postos de trabalho, afinal o Aeroporto do Recife é um case de sucesso e tem colaborado para o desenvolvimento de Pernambuco”, comentou.
Importante ressaltar que a forma de licitação que está sendo utilizada para o Aeroporto do Recife, em lote com outros cinco equipamentos, foge do que o Governo Federal vinha utilizando até o momento. Os aeroportos de Fortaleza e de Salvador, por exemplo, foram licitados individualmente.
Assessoria de Imprensa