Oito casarões localizados no Centro Histórico de João Pessoa devem começar a ser habitados até o final de maio. Ao todo, estão sendo construídas 17 unidades habitacionais, quatro comerciais e uma sala que será ocupada por representação de algumas secretarias municipais. O Residencial Vila Sanhauá será habitado por pessoas que têm alguma relação com o entorno, ligados à cultura e com o perfil adequado ao projeto da prefeitura. Estão sendo investidos cerca de R$ 5 milhões com recursos próprios.
De acordo com a secretária de Habitação do município, Sachenka da Hora, os futuros moradores terão a concessão dos imóveis por um período de 20 anos, pagando uma prestação mensal que gira entre R$ 222 e R$ 333. Já os pontos comerciais terão um prazo de concessão de exploração de um ano, com pagamento mensal entre R$ 330 e R$ 660, de acordo com o tamanho.
Um dos futuros moradores do Vila Sanhauá será o designer imobiliário Paulo Cesar. Gaúcho de 27 anos, ele mantém uma oficina de design imobiliário instalada a poucos metros de onde irá morar com a companheira. O projeto, para ele, será fundamental para o trabalho que exerce, pois já havia optado por abrir a oficina naquela área porque está próxima de empresas que fornecem a matéria-prima para o seu ofício. “Penso agora que precisamos de uma maior segurança”, apontou.
O secretário adjunto do Turismo do município, Graco Parente, afirmou que o projeto do Residencial Vila Sanhauá vai além de criar moradias. A prefeitura, segundo ele, está preparando uma série de ações que irão atender, principalmente, os pequenos e micros empreendedores, que passarão a ter assistência e até um local para desenvolver os seus projetos. “Vamos criar o primeiro ‘coworking’, que será uma sala ampla com internet onde os empresários poderão compartilhar ambientes e ideias”, disse.
Uma das primeiras parcerias já está sendo negociada com a diretoria da Abav-PB (Associação Brasileira das Agências de Viagens, seccional Paraíba). A sala que será compartilhada deverá ser acessada pelos agentes de viagens, que poderão trabalhar no local utilizando toda a estrutura da prefeitura. Os agentes também poderão participar de cursos de capacitação no local, apontou Graco Parente.
Assim como Paulo Cesar, que também é vice-presidente do Instituto de Arquitetura do Brasil e comemorou a possibilidade de a partir de agora poder circular pelo entorno com mais tranquilidade, Graco afirmou que o projeto também tem a intenção de movimentar o Centro Histórico com maior fluxo de turistas. O Residencial Vila Sanhauá, segundo ele, passará a ser um ponto turístico que irá ser um divisor de águas para o segmento na capital.
Nesta segunda-feira (23), o secretário adjunto do Turismo participou de uma visita às obras do residencial, que contou com um grupo de representantes da hotelaria, guias de turismo, Iphan, Iphaep, empresários do setor de Hospedagem e Alimentação, além de secretários e adjuntos de várias Pastas da prefeitura.
Fábio Cardoso
