A 45ª edição do São Paulo Fashion Week recebe nesta terça (24), às 17h, o desfile Top Five. As marcas Karine Fouvry Paris, LED, Vankoke, Borana e Kalline vão apresentar ao público suas coleções. As empresas foram selecionadas dentro do projeto que dá nome ao desfile, resultado da parceria entre o Sebrae e o Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod). O setor da moda emprega 2 milhões de pessoas no Brasil e a expectativa é que o mercado cresça 2,6% no Brasil em valor por ano, em média, até 2021.
“Os pequenos negócios, que são 98,5% das empresas do país e respondem por 54% dos empregos formais, estão conquistando espaço também na cadeia produtiva da moda de alto valor agregado. E o SPFW se encaixa perfeitamente no projeto do Sebrae de apoiar as empresas da moda a se desenvolver e conquistar novos mercados, até fornecendo para grandes marcas. Quanto mais competitivas as micro e pequenas empresas forem, mais empregos serão gerados para o setor”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Desde 2016, o desfile é realizado como fruto da parceria, que visa orientar os empresários de micro e pequena empresa da cadeia produtiva da moda. As cinco marcas receberam consultorias de um grupo multidisciplinar que as auxiliaram na estruturação de suas coleções e produtos, na formatação de preço e networking, no relacionamento com fornecedores e na participação direcionada em plataformas de imagem.
Por meio da oportunidade, as cinco marcas regionais ganham visibilidade e perspectiva de alavancar novos negócios. A iniciativa faz parte do convênio Contextualizar na Moda, firmado entre o Sebrae e o In-Mod. A parceria oferece aos micro e pequenos empresários do setor a oportunidade de aprofundar conhecimento no universo do alto valor agregado da moda. As atividades realizadas pelo convênio visam fomentar a abertura de novos mercados, inserir os pequenos negócios no circuito de moda mais importante do país e fortalecer a rede de parceiros.
Confira abaixo o perfil das marcas que vão desfilar:
Karine Fouvry Paris (RJ)
Criada em 2015, a designer francesa Karina Froury tem como desafio produzir uma alfaiataria impecável. No mesmo ano, apresentou a primeira coleção, nômade, durante o evento Minas Trend. As peças da marca têm corte irretocável, além de acabamento primoroso e um cuidado com tecidos. As coleções da marca retratam a experiência de expatriação em viagens da estilista e se tornou referência na confecção de kaftan e quimonos, utilizando seda e linho, além de produzir peças com técnicas tradicionais de bordado e crochê com estampas vibrantes. Com o sucesso, além do Brasil, também é comercializada em Los Angles, Santi- Tropez, Dubai, Saint Barth e, em breve, Nova York.
Para a nova coleção, denominada “Gipsy”, a designer imaginou uma musa boêmia e etérea para narrar o inverno 2018. Possui a silhueta fluida e misteriosa, crochê e macramé tradicional são composições desta coleção. A mulher boemia possui alma livre e é dona das próprias regras, tem afinidade forte com a natureza e os elementos que a compõem, a espiritualidade junto com a liberdade se traduzem em como se veste, com fluidez, exuberância, mas também versatilidade.
LED (MG)
A LED nasceu em 2014 com o DNA jovem e em diálogo com a nova geração. A marca cria roupas que não delimitam gênero e defende a total liberdade para as pessoas expressarem a personalidade por meio da moda e de seus próprios padrões de beleza. Para a 45ª edição do SPFW, Célio Dias, estilista, irá apresentar a coleção Apocalíptica, que vai abordar o atual cenário do Brasil. “Somos uma marca plural e está no nosso DNA trabalhar com questões políticas e de empoderamento”, explica Célio. Apocalíptica irá colocar os holofotes nas “bruxas modernas”, que são, como o próprio estilista pontua, pessoas que incomodam por fugirem dos padrões. “Enxergamos o corpo como um espaço de resistência e estamos vivendo tempos sombrios. A coleção tem um diálogo direto com a nossa realidade”.
Vankoke (RN)
Com 12 anos de existência e DNA potiguar, a Vankoke nasceu a partir da visão da empresária e estilista Adriana Patrícia de redirecionar o olhar para o mercado de moda. A marca busca superar as expectativas dos clientes ao fazer da moda um instrumento de expressão da individualidade.
A nova coleção tem como inspiração o trabalho de Margaret Mee, artista botânica inglesa que se especializou em plantas da Amazônia. As ilustrações botânicas foram usadas como base para a criação das estampas, confeccionadas por Pat Lobo. Todas as peças são pintadas a mão e vão levar para a passarela um verão bastante feminino – marca registrada da Vankoke, com muito volume, babados e tons pasteis. A moda, sendo um setor significativo, mas também com grande alcance e influência, pode ser um vetor para que o trabalho de consciência ambiental seja uma prática comum para todos.
Borana (ES)
Borana possui sete anos de atuação na confecção de moda praia com inspiração no colorido naturalmente brasileiro. Patiara Aguiar, estilista, cresceu com o exemplo empreendedor da mãe – que tinha uma marca de moda íntima. No início da marca, contou com a ajuda de toda a família, a mãe e a madrinha confeccionavam os produtos na sala da casa. Após um mês, a Borana recebeu a proposta para ser revendida em uma loja em Portugal, comprovando o sucesso. De lá para cá, a marca acumulou número positivos: abriu a primeira loja há seis anos e, em 2017, a primeira franquia.
Kalline (SC)
A Kalline surgiu em 1990, com a expectativa de ser referência no mercado de couro. A ideia surgiu quando os criadores Nivaldo Rizzotto e Jaqueline Rizzotto enxergaram um modelo de negócios em meio a um mercado escasso em produtos de couro. Com a persistência dos donos, a empresa cresceu e ao longo dos anos se transformou em referência no segmento, além de se tornar um sinônimo de qualidade, produção local e tradição de um material durável.
Assessoria de Imprensa