‘Balança inteligente’ evita desperdício em restaurantes

Brasil

Presente em mais de 30 países e com clientes de grande porte como Compass Group (que é a líder mundial em serviços de alimentação) AccorHotels e Hyatt, a Winnow espera chegar à América Latina já no próximo ano. A empresa foi criada em 2013 em Londres e oferece um serviço que envolve hardware e software com foco na prevenção de desperdício de alimentos em cozinhas onde há produção em larga escala.
Funciona assim: uma balança é instalada embaixo de uma lata de lixo na cozinha onde os alimentos são descartados. Por bluetooth, essa balança está conectada a um tablet que foi previamente configurado pelo time do Winnow com os alimentos utilizados no menu de um determinado restaurante (inclusive com o preço por quilo).
Isso faz com que, com dois cliques, os cozinheiros rapidamente possam identificar aquilo que está sendo descartado. No fim de cada dia, semana e mês, eles recebem um relatório com as informações coletadas. “Sem dados precisos sobre o quanto está sendo desperdiçado, fica extremamente difícil gerir esse problema”, diz o porta-voz da Winnow, David Jackson.
Na cafeteria de um espaço de trabalho compartilhado (coworking) onde a Winnow funciona no sudeste de Londres, Jackson fez uma demonstração para o Estado com a balança e o tablet conectados, no que parece ser um sistema bem simples. Assim que ele colocou um caderno sobre a balança, a tela do tablet mostrou opções de alimentos para serem selecionados com apenas um clique. Se o tempo de identificação passar, o objeto é classificado como “não identificado”.
“O principal desafio é tornar o uso cada vez mais ágil e intuitivo porque todos estão bastante ocupados em uma cozinha. Por isso, a plataforma está disponível em 20 línguas e há também a imagem dos alimentos”, explica Jackson. Segundo ele, em média, os clientes que usam a “balança inteligente” conseguem cortar o desperdício de alimentos pela metade em um ano, chegando algumas vezes a uma redução de 70%. Ao gerir melhor a quantidade de alimentos e refeições, é possível então cortar entre 3% a 8% o custo com comida de acordo com Jackson.
Investimentos. No último ano, a empresa recebeu um aporte de £ 5.6 milhões do Circularity Capital, fundo que investe em pequenas e médias empresas na Europa. Entre os investidores também estão os fundos D-Ax e Mustard Seed. O último tem em seu portfólio também o aplicativo Olio, que conecta vizinhos e estabelecimentos para doações de comida.
Agência Estado