Infraero recicla mais de 70 mil m³ de água por ano

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Nesta sexta-feira (22) é celebrado o Dia Mundial da Água, data instituída pela ONU em 1992. Neste ano, o tema escolhido pelas Nações Unidas é “Não deixar ninguém para trás”, que adapta a promessa central da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável de que todos devem se beneficiar. E os aeroportos da Infraero têm se mostrado compromissados com a temática, reduzindo o consumo de água potável e disponibilizando-a para outros usos, e também reduzindo a geração de efluentes, minimizando eventuais impactos ambientais.

A empresa já recicla mais de 70 mil m³ ao ano com soluções de uso racional dos recursos hídricos, como o aproveitamento de água de chuva, do sistema de ar condicionado, reúso de águas cinzas e o reaproveitamento da água dos testes diários dos Caminhões Contra Incêndio. A economia anual gerada com essas ações é suficiente para abastecer um bairro com mais de 1,6 mil pessoas continuamente durante um ano inteiro. Em termos financeiros, isso corresponde a R$ 2 milhões, considerando uma tarifa média de água e esgoto de cerca de R$29,50/m³.  

O superintendente de Meio Ambiente da Infraero, Fued Abrão, explica que a empresa conta com uma Política Ambiental com diretrizes e objetivos específicos para a gestão de recursos hídricos. “Além disso, entre os 10 programas ambientais, um é intitulado de Programa Recursos Hídricos, onde são agrupadas as ações e projetos relacionados ao assunto”, pontua. O gestor acrescenta ainda que o desempenho ambiental dos aeroportos é medido pelo Índice de Desempenho de Meio Ambiente – IDMAI, que monitora 25 indicadores. Desse total, 3 são exclusivos de gerenciamento da água. “Todo o conjunto normativo e gerencial, unido às ações efetivas que os aeroportos executam demonstram o quanto o tema recursos hídricos é importante para a Infraero, comenta. 

Aproveitamento de água de chuva e reuso de águas cinzas nos terminais de passageiros 

O incentivo à captação de água de chuva já é uma realidade nos aeroportos da Infraero desde 2007 no Aeroporto Santos Dumont, com destaque para as recentes ações nos novos terminais de passageiros dos aeroportos de Goiânia, Curitiba e Vitória. Nesses três aeroportos, a água de chuva, o reuso de águas cinzas, que é decorrente do tratamento dos efluentes proveniente de pias e ralos, bem como a água descartada do sistema de refrigeração passam com Estações de Tratamento e Reuso (ETR), que possuem sistemas de clarificação e desinfecção da água. Isso garante que a água tenha um aspecto agradável, sem cor e sem cheiro, e possa ser reaproveitada nas descargas das bacias sanitárias. Esta água também pode ser usada na limpeza de piso e no combate a incêndio em edificações. Além dos aeroportos, o Edifício da Sede da Infraero, em Brasília (DF), reaproveita boa parte da água da chuva para irrigação, lavagem de piso e algumas atividades de limpeza.  

Aproveitamento da água do ar condicionado 

O Aeroporto do Recife foi o pioneiro a captar a água condensada do sistema central de ar condicionado. Com a coleta, o aeroporto abastece as bacias sanitárias do terminal de passageiros e do edifício garagem desde 2004. Estima-se um aproveitamento de 5.600 m³/ano nesse aeroporto, calculado em função do consumo de água nas bacias sanitárias.  

Os aeroportos de Goiânia, Curitiba e Vitória, as ações também estão afinadas com essa solução, também abastecendo parcialmente as bacias sanitárias dos novos terminais de passageiros e o aproveitamento é contabilizado junto com o reuso de água que realizam. Já o aeroporto Santos Dumont aproveita esse recurso principalmente, direta ou indiretamente, na complexidade do sistema de ar condicionado, através de diferentes soluções implantadas em 2018, com aproveitamento estimado de 4.800 m³/ano. 

Reaproveitamento da água dos testes diários dos bombeiros 

A ação começou no Aeroporto de Campina Grande (PB), em 2012. Inserido no agreste paraibano, onde a água é um recurso escasso, o aeroporto tem buscado reaproveitar cada gota.  

Através do pioneirismo no reaproveitamento da água dos testes diários dos caminhões contra incêndio, o aeroporto paraibano reduziu significativamente o seu consumo anual de água, mesmo com o aumento de movimentação de passageiros, e deu a largada em uma ação que hoje já abrange 16 outros aeroportos.  Nas Seções Contra Incêndio (SCI) dos aeroportos da Infraero, são realizados testes diários dos Caminhões Contra Incêndio (CCI). O consumo depende do tempo de acionamento dos canhões de água dos veículos.  

Para o cálculo do consumo por teste diário, utiliza-se o tempo de 4 acionamentos de 5 segundos cada no teste diário de cada caminhão. São 162 caminhões que podem consumir, ao todo, 49,8 mil m³ por ano. Nos aeroportos de Campina Grande (PB), Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Petrolina (PE), Recife (PE), Campo de Marte (SP), Vitória (ES), Juazeiro do Norte (CE), Marabá (PA), Palmas (TO), Santos Dumont (RJ), Pampulha (MG), Joinville (SC) e São Luís (MA), onde já estão instaladas as soluções para o reuso de água dos CCIs, a redução de consumo é da ordem de 16,7 mil m³ por ano nestes testes diários. A este grupo somam-se os aeroportos de Belém (PA), Cruzeiro do Sul (AC) e Carajás (PA), que aproveitam 2,8 mil m³ por ano de água da chuva para os testes diários. 

Assessoria de Imprensa

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