Artistas convidam público para conversar sobre arte no Café 283

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Computadores que fazem arte, a estética do erro, pichação e arte japonesa. Essa mistura, à primeira vista inusitada, faz parte das influências da série de obras de arte Bálsamo Kakejiku, dos artistas Daniel Sorrentino, conhecido como Sarabades, e Thiago Trapo. Juntos eles farão uma exposição pocket no Café 283, em Manaíra e convidam outros artistas e o público para uma mesa redonda sobre arte, na próxima quinta-feira (6), às 19h.

“O intuito da exposição, além de apresentar as obras claro, é o de propor uma conversa acerca dos elementos utilizados para compor as peças entre artistas, frequentadores do café e convidados”, explica Sarabades.

“Queremos fomentar uma reflexão sobre arte, tecnologia e sua legitimação na era contemporânea”, completa Thiago Trapo. Serão expostas três obras híbridas de técnica mista sobre papel, elaboradas parte com a ajuda de um computador e parte manualmente.

Sarabades é Mestre em Comunicação, Computação e Artes e usa seus conhecimentos de programação e arte computacional para criar obras que dialogam entre a aleatoriedade, o caos, o homem e a máquina. Já Thiago Trapo, artista multimídia, designer e diretor de arte, é fortemente influenciado pela street art em suas mais diversas formas, como o picho e o lambe-lambe. A parceria já rendeu também a série Blue Cowboy, em andamento.

A escolha de um Café para apresentar as obras, assim como o formato de bate-papo, no lugar de uma exposição formal, foram propositais. “Propusemos o café como um ambiente mais acolhedor e com intenção de diminuir a distância entre as pessoas e facilitar os diálogos. É importante expandir os ambientes onde se pode ter acesso à arte, ambientes que são facilitadores e que se propõem a acomodar obras e artistas com menos complicações burocráticas e um espaço com maior circulação casual das pessoas”, diz Sarabades.  

“Entres os motivos de expor num ambiente ‘não clássico’ ou institucional é justamente para questionar minimamente que espaços legitimam o circular da arte e a relação das obras com seus autores. Trazer o fazer e discutir artístico mais para perto do público interessado. Outro motivo é a possível reflexão do que vem a ser arte e as fronteiras entre a gama de informações imagéticas no nosso cotidiano que são eleitas arte ou não”, completou Trapo.

Sarabades disse ainda que, com o bate-papo, realizará um desejo que sempre teve em exposições de arte. “Sempre gostei da ideia de agregar a exposições um diálogo sobre arte, técnica, obras referências, influências, processos. Enfim, trazer à tona o processo de criação das obras ali apresentadas, e dar liberdade para o frequentador da exposição poder questionar, interagir, e dialogar com os artistas e outros frequentadores sobre arte. Não consigo imaginar um método melhor que um bate papo em um café”.

Assessoria de Imprensa

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