Estudo aponta Santarém (PA) e Fortaleza (CE) como principais tendência de viagens em 2020

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O Nordeste foi um dos destaques da segunda edição do Barômetro Viajala, estudo latino sobre tendências do turismo lançado anualmente pelo buscador de voos Viajala.com.br. A análise apontou Santarém, no Pará, e Fortaleza, Ceará, como destinos do ano e principais tendências de viagens para o ano que vem, em primeiro e segundo lugares, respectivamente.

O estudo faz uso de um algoritmo próprio que analisou quase 50 milhões de buscas de voos de 32 milhões de usuários em várias cidades da América Latina entre janeiro e setembro de 2019, combinando esses dados com a flutuação dos preços das principais rotas, e comparou os resultados com 2018. O recorte nacional da análise, com quase cinco milhões de buscas, concluiu que Santarém teve uma alta de 54% na procura, mas aumentou de preço, enquanto viajar para Fortaleza ficou mais barato: o preço das passagens para a capital cearense caiu 4%, enquanto o preço médio das passagens nacionais aumentou 5,5% esse ano.

Fortaleza tem estado tão forte no turismo que teve, em 2019, uma invasão de estrangeiros: recebeu 99% a mais no primeiro semestre deste ano, comparado com 2018, segundo dados do Governo do Estado. Foram quase 130 mil visitantes chegando de fora do Brasil em voos diretos, boom que fez do Ceará o estado com o maior aumento de visitantes de fora e o que mais cresceu em volume de atividades turísticas neste semestre, atingindo índices quase três vezes maiores que a média nacional. Em números absolutos, fica atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. “A cidade se tornou, em pouquíssimo tempo, a porta de entrada do Nordeste, um dos principais hubs de voos internacionais do Brasil, o que não só traz mais estrangeiros como também atrai brasileiros que vão até lá para pegar um voo mais barato para o exterior”, comenta Eduardo Martins, diretor nacional do Viajala.

Segundo a análise do buscador, o preço médio das passagens nacionais subiu 5,5%, aumento que pode estar relacionado, entre outros fatores, com a crise da Avianca Brasil, companhia aérea que deixou de operar este ano. “No pico da crise da Avianca, na metade do ano, quando centenas de voos eram cancelados diariamente, nós fizemos um estudo que observou que 85% das principais rotas tiveram aumento imediato de preço, subindo entre 11% e 218%, comparados com o mesmo período de 2018”, afirma o executivo. Ainda segundo a pesquisa do Viajala, em 22% dos casos, o aumento foi de mais de 100%.

As rotas mais afetadas envolvem o Sul e o Nordeste, como o trecho entre Petrolina e Salvador, que ficou 218% mais caro no período; Juazeiro do Norte e Fortaleza, que subiu 193% no preço médio; Rio de Janeiro e Porto Alegre, rota cujo preço aumentou 180%; e Florianópolis e Chapecó, que passou a custar 130% mais, nas semanas seguintes ao pico da crise. “Considerando que o Nordeste, que já é uma região comumente mais cara pela distância de pólos importantes do Sudeste e pela alta demanda, foi mais afetado pela alta dos preços, é interessante que viajar para Fortaleza tenha ficado, em média, mais barato”, aponta Martins. “Mesmo que a queda de preço não tenha sido tão expressiva, ela vem contra a tendência do ano, que foi de alta”. A queda de preço mais significativa foi a partir de Recife: 34% – e as buscas aumentaram 55%. Partindo de São Paulo, o preço teve queda de 5,4% e, saindo de Brasília, as passagens custam hoje 3% menos.

Sólida terceira posição do ranking de destinos nacionais mais procurados dentro do Viajala, atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro, Fortaleza atrai o visitante também pelo custo-benefício. “Há hotéis bem localizados e bem avaliados por cerca de R$180 a noite, mesmo reservando com pouca antecedência, e por menos de R$300 é possível encontrar boas hospedagens na alta temporada, o que é mais raro em outras capitais nordestinas no período”, recomenda o executivo do buscador.

Assessoria de imprensa