Águas do Rio São Francisco geram emprego e renda com Turismo em Alagoas e Sergipe

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As águas do Rio São Francisco represadas pela hidroelétrica do Xingó, fincada no curso original do rio no Sertão entre os estados de Sergipe e Alagoas, geram mais que energia elétrica. Elas aquecem o turismo e geram emprego e renda na região e oferecem ao visitante um espetáculo que une o lago artificial criado pelo homem e a natureza no conjunto das águas e nos paredões de rocha que cercam a nova margem do Velho Chico no lado alagoano.

Os visitantes encontram do início ao final do passeio uma estrutura completa de serviços e opções de lazer. O trajeto da base no município de Canindé do São Francisco em Sergipe até os primeiros caniôns situados em Delmiro Gouveia, Alagoas, leva cerca de 40 minutos. Quando passava pela região, o Velho Chico tinha profundidade entre 30 e 50 metros, porém, após a criação do lago da Hidroelétrica do Xingó, o Velho Chico passou a ter até 150 metros de profundidade.

Durante o percurso, o visitante pode conferir os efeitos do tempo nas rochas que margeiam o imenso lago, formando esculturas naturais criadas pela ação dos ventos. A embarcação avança pelas águas escuras do rio e começa a penetrar nos cânions. Em meio à “estrada de água” margeada pelos paredões, o catamarã avança. Em um trecho, colocada no meio da rocha, com acesso por uma escadinha, uma imagem de São Francisco de Assis, santo que dá nome ao rio.

O ponto alto do passeio é quando o catamarã chega a um dos atracadouros montados dentro dos cânions. Ali, os visitantes podem tomar um banho utilizando coletes salva-vidas, “macarrões” ou sem proteção se souber nadar. Salva-vidas estão a postos para qualquer emergência.

Uma opção fascinante também é passear num das canoas que levam pequenos grupos para trechos mais estreitos dos cânions, passando rente aos paredões, onde é possível contemplar a luz do Sol entre atingindo a água e as rochas, um momento realmente inesquecível. O trajeto de canoa demora 10 minutos aproximadamente e custa R$ 10. O trajeto de catarmarã é R$ 90.

O passeio dura três horas no total. Os catamarãs permanecem uma hora atracado para que os visitantes possam tomar banho no rio e fazer o passeio de canoa. Eles são dotados com bar, banheiros, chuveiros na proa, sistema de som com música regional e informações sobre o percurso e as belezas naturais repassadas pela tripulação.

Na volta, as pessoas podem almoçar no restaurante Karrancas instalado na base em Canindé do São Francisco. Uma das atrações extras é que, enquanto aguarda o embarque ou após retornar da visita aos cânions , a pessoa pode contratar um sobrevoo panorâmico de helicóptero do lago, usina e mais abaixo pelo leito do Rio São Francisco. Os voos duram, no mínimo, cinco minutos (pode parecer pouco, mas é o suficiente), custam por pessoa R$ 225 no trajeto mais curto, e dá para conferir as imagens inesquecíveis e registrar tudo em vídeo e foto.

Um grupo de agentes de turismo paraibanos pôde conferir o passeio pelos cânions do São Francisco durante o final de semana no famtour realizado pela Foco Operadora.

Clóvis Roberto