Presidente da FlaNego segue rumo ao Catar e afirma que Flamengo será campeão mundial

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A torcida do Flamengo está se mobilizando para uma nova invasão. Depois de Lima, no Peru, onde a equipe sagrou-se campeão da Libertadores – vitória de 2 a 1 sobre o River Plate – milhares de flamenguistas iniciam nova romaria para Doha, capital do Catar, onde o time enfrenta o vencedor de Al Hilal, clube da Arábia Saudita campeão da Champions da Ásia, e Espérance, time da Tunísia que faturou a edição da Champions da África. Essa partida será realizada amanhã, no Estádio Jassim Bin Hamad.

Os grupos de torcedores flamenguistas começam rumar em direção ao Catar a partir de amanhã. Entre os milhares de flamenguistas estará Rogeraldo Campina, presidente da torcida FlaNego e embaixador do time carioca na Paraíba. Campina segue para o Rio de Janeiro, onde embarca em voo fretado direto para Doha. “Quero realizar o sonho de testemunhar meu time do coração ser campeão mundial dentro do estádio”, afirma o entusiasta torcedor. O sonho vai custar R$ 12 mil, que serão pagos em 10 prestações.

Campina tem uma longa história de paixão pelo Flamengo. Ele fundou a FlaNego no dia 28 de maio de 1981, que atualmente conta com cerca de 20 mil sócios, que não pagam um centavo e têm direito a acesso livre à Gávea, sede do clube no Rio de Janeiro. “É feito (a torcida) por amor e não tem preço. Não cobro nada de ninguém e nem quero”.

Campina lembra que a FlaNego tem o título de torcida ‘mais original’ do Brasil, conferido pelo então presidente George Helal, em 1984. “Somos a torcida mais original em razão das cores vermelha e preta da bandeira da Paraíba e do Flamengo. Fui ao Rio de Janeiro receber esse diploma, que está guardado em casa como um troféu”, enfatiza o torcedor.

Tirando onda, Campina elenca os títulos conquistados pelo clube somente em 2019. Pelas contas dele, foram seis: Florida Cup (nos Estados Unidos), Taça Guanabara e o Estadual do Rio de Janeiro, o Brasileiro e a Taça Liberadores. Para ele, foi um ano mágico, apesar da desconfiança com a contratação de Jorge Jesus como treinador.

“Nunca vi um gringo (treinador) dar certo no Brasil”, disse. Contrariando essa tese, além dos títulos, Campina citou recordes do time no Brasileirão, como o maior número de pontos ganhos, de vitórias, dos artilheiros e vice (Gabigol e Bruno Henrique), gol mais bonito da competição (De Arrascaeta). “Foi um ano que será inesquecível e esta na história do Flamengo”.

Campina promete carregar a bandeira da FlaNego e da Paraíba em todas as aglomerações de torcedores do Flamengo. “Somos todos amigos e uma verdadeira família”, afirma. Então, se em alguma transmissão ao vivo ou gravada, o paraibano avisa que, de repente, aparecerá para mostrar que em Doha há um torcedor da FlaNego ‘perdido’ na multidão.

Em Doha, Campina não ficará hospedado no hotel concentração do Flamengo. Mas já diz que terá um passe livre para frequentar o ambiente da delegação, já que é compadre do ex-presidente do clube, Mário Braga, escolhido para chefiar a delegação no Catar. “Estarei com a minha pulseira, do lado do meu compadre, para comemorarmos juntos o bicampeonato mundial. É um sonho que jamais imaginei poder realizar. Vai ser muita emoção”, afirma.

Fábio Cardoso