O lugar onde João Pessoa nasceu ganhou, na noite de quinta-feira (06), mais um espaço de sociabilidade e lazer: a primeira etapa do Parque Ecológico Sanhauá. A Capital paraibana, famosa por suas belas praias, se consolida também como uma das cidades com os maiores investimentos no seu Centro Histórico, que deixou de ser um ambiente vazio e de abandono para se tornar um espaço para atividades culturais, esportivas e voltado para a troca de experiências com a população. Mais que reformar espaços, as intervenções, que já somam R$ 67 milhões em investimentos em toda a região, deram novo significado ao berço da terceira capital mais antiga do país.
A primeira etapa do Parque Ecológico Sanhauá dialoga com outras intervenções realizadas no Centro Histórico nos últimos anos, que têm um ideal comum: criar uma cidade voltada para as pessoas. Aproveitar os primeiros raios de Sol do dia para praticar uma atividade esportiva, encontrar amigos ao final da tarde, assistir uma apresentação cultural à noite.
O equipamento foi projetado para solucionar problemas históricos da Capital, oferecendo maior qualidade de vida para a região. Estimado em R$ 11,6 milhões, o espaço multiuso está localizado em uma Área de Preservação Permanente, que tem 193mil m² e já está sendo completamente recuperado.
Além da Praça Napoleão Laureano e seu entorno, o local vai ganhar mirante, elevador panorâmico, passarela elevada sobre o mangue, ciclovias, calçadas requalificadas e estacionamento com 80 vagas. As ações integram a segunda etapa do Parque. Toda a região já está recebendo iluminação LED e respeitará as normas de acessibilidade. As edificações serão mínimas e não invasivas para garantir a regeneração ambiental da região.
Mudando a cidade
A primeira etapa do Parque Ecológico Sanhauá é mais uma obra dentro do maior programa de requalificação de áreas históricas que João Pessoa já vivenciou. De 2013 para cá, a Capital tem acumulado anualmente entregas de grandes obras no Centro Histórico. Os primeiros espaços a receberem os novos investimentos foram a Praça da Pedra e o Centro Cultural Casa da Pólvora, este último com investimentos na ordem de mais de R$ 1,3 milhão.
A Casa da Pólvora, um dos principais pontos turísticos da cidade, graças ao seu famoso pôr do sol, se tornou também um dos principais espaços culturais da Capital. Ela é um dos nove polos do AnimaCentro, programa da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) que garante toda a semana um calendário fixo com apresentações artísticas diversas, como shows, teatro, mostras, entre outras.
Em 2015, outros dois equipamentos que foram requalificados foram a Praça João Pessoa e a Praça da Independência, que até então estavam em estado de precariedade. Hoje são pontos de encontro de diversas pessoas que os utilizam como locais de encontros e trocas de experiências.
No ano seguinte, o Centro ganhou cara nova. A primeira intervenção foi o Hotel Globo, que, além de ser um ponto turístico, graças a sua arquitetura, história e por ter uma das mais belas visões do Rio Sanhauá, também se tornou um ponto cultural, por estar dentro da programação do AnimaCentro.
Beto Pessoa – Especial para o Correio da Paraíba
