Secretários de Turismo querem que Embratur transfira recursos de divulgação internacional para os Estados

Coronavirus Destaque Paraíba

Os secretários de Turismo de todo o Brasil, por meio do Fórum Nacional de Secretários (Fornatur), estão reivindicando ao presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, que transfira os recursos destinados à divulgação do Brasil no mercado internacional para o nacional. Na opinião unânime dos secretários, nesse momento, não há sentido algum fazer a promoção no exterior no período onde não existem viagens internacionais em razão da pandemia do coronavírus.

De acordo com a presidente da PBTur (Empresa Paraibana de Turismo), Ruth Avelino, a proposta dos secretários é de que esses recursos (da Embratur) sejam transferidos para os Estados e de forma descentralizada, como era feito até 2005.

“A nossa opinião é de que as viagens internacionais praticamente não vão existir pós-corona, por isso, é necessário um reforço na divulgação no doméstico, regional, incentivando o nordestino a visitar o Nordeste, por exemplo”, pontuou Avelino.

A presidente da PBTur participou na noite desta segunda-feira (20) de uma Live com o jornalista Fábio Cardoso, editor geral do site Turismo em Foco (www.turismoemfoco.com.br). Durante a entrevista, ela revelou que tanto o presidente da Embratur, quanto o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, já tomando conhecimento da proposta dos secretários de turismo, por meio de ofício, mas que ainda não se manifestaram.

“O ministro do Turismo tem se mostrado um gestor bastante preocupado e interessado em iniciar a retomada das atividades do turismo no Brasil, muito interessado em ajudar os Estados, e tem ouvido a todos”, afirmou a presidente da PBTur.

Ruth Avelino disse que a Paraíba já realizou várias ações no mercado internacional, em especial, na Europa, com os recursos descentralizados da Embratur, com resultados positivos, mas, sobretudo, com projetos que atendiam ao mercado paraibano.

“A Embratur e o Ministério do Turismo pensam a coisa (divulgação) no marco, mas são os Estados que sabem de suas necessidades, do que cada um precisa, e não o ministro e nem o presidente da Embratur”, disse.

Os secretários também estão de olho na verba da Embratur porque todos, à exceção de São Paulo – que não teve cortes de verbas de divulgação, ainda -, certamente não terão recursos para investimento em divulgação após a pandemia do coronavírus. “A maioria dos Estados está sem arrecadação nesse período da pandemia e isso irá refletir lá na frente e os recursos serão muito pouco para retomada dos investimentos”, admitiu Avelino.

Por isso, segundo ela, a retomada da divulgação precisaria dessa fatia de recursos da Embratur, que será fundamental para dar uma alavancada no turismo local. “Estamos estudando junto com o secretário de Comunicação do Governo, Nonato Bandeira, algumas ações de divulgação, mas certamente com poucos recursos, infelizmente”, afirmou a executiva.

Sobre as ações em parceria com o Ministério do Turismo, Avelino disse que o convênio para as ações no período de abril, maio e junho ficou adiado para julho, agosto e setembro. “Vamos esperar para quando a pandemia acabar para reiniciar os investimentos dos roteiros turísticos. Seria tudo de uma vez, Verão, São João de Campina Grande, atividades do Brejo, tudo”.

Redação