Sindicato dos Jornalistas da Paraíba repudia agressão a jornalista e pede investigação para saber quem está por trás desses atos

Coronavirus Cotidiano

O Sindicato dos Jornalistas de Paraíba distribuiu nota de repúdio, nesta terça-feira (21), para condenar a atitude de uma pessoa que insultou a Rede Globo, durante uma entrevista em que o repórter Plínio Almeida, da TV Cabo Branco, afiliada da emissora na Paraíba, fazia uma entrevista ao vivo com o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do Tribunal Regional Eleitoral (TER), José Cassimiro. Essa agressão à democracia aconteceu no dia 17 de abril, no bairro do Bessa, na capital paraibana.

Segundo a nota do sindicato, “o fenômeno de agressividade gratuita insuflado por viés ideológico tem se direcionado a profissionais de imprensa em todo o País e também na Paraíba”, e deixa a entender que essas ações podem estar sendo estimuladas por autoridades públicas. “Nós, membros da diretoria, repudiamos também a postura adotada por autoridades públicas que estimulam o desrespeito e o achincalhe aos jornalistas”, afirma a nota.

O sindicato afirma que necessário investigar quem está por trás desse processo criminoso e instigando a destilação de ódio aos profissionais da imprensa brasileira.

Ainda na nota, o sindicato reivindica que as empresas jornalísticas da Paraíba forneçam EPIs indispensáveis ao exercício da profissão durante a pandemia, evitando os riscos de transmissão da doença.

Nota na íntegra

O SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DA PARAÍBA repudia veementemente os ataques sofridos pelos jornalistas durante a cobertura da pandemia de coronavírus. O fenômeno de agressividade gratuita insuflado por viés ideológico tem se direcionado a profissionais de imprensa em todo o País e também na Paraíba. Um dos alvos recentes da investida irracional contra um jornalista se deu com o repórter Plínio Almeida, da TV Cabo Branco, durante uma transmissão ao vivo no bairro do Bessa, em João Pessoa.

Ao mesmo tempo em que a diretoria do sindicato presta solidariedade aos jornalistas paraibanos e parabeniza a categoria pelo desenvolvimento de um trabalho impecável e de importância humanitária neste momento de angústia coletiva causado pela Covid-19, cobra das autoridades competentes a responsabilização e punição a quem investe contra os jornalistas em pleno exercício da função e desempenhando um serviço essencial, conforme definido em decreto da presidência da República publicado no último dia 22 de março.

Nós, membros da diretoria, repudiamos também a postura adotada por autoridades públicas que estimulam o desrespeito e o achincalhe aos jornalistas. Comportamento irresponsável em dias normais, essa atitude se torna criminosa e vil em tempos da pandemia, desconhecendo a abnegação dos profissionais que estão na linha de frente, expostos aos riscos de contaminação em nome da missão de informar.

É necessário ainda reforçar o pedido às empresas de comunicação para que forneçam EPIs indispensáveis ao exercício da profissão durante a pandemia, evitando os riscos de transmissão da doença.

Ainda reiteramos nosso apelo, feito também pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), para que os profissionais de imprensa sejam incluídos no grupo prioritário para o recebimento da vacina contra a Influenza.

Por tudo isso, é necessário investigar quem está por trás desse processo criminoso e instigando a destilação de ódio aos profissionais da imprensa brasileira com atitudes, que podem, se assim continuar, ceifar a vida de quem trabalha para bem informar a sociedade brasileira, mesmo em tempo de pandemia.

João Pessao/PB, 21 de abril de 2020.

A DIRETORIA

Fábio Cardoso