A crise financeira decorrente da pandemia do Covid-19 atinge a praticamente todas as estruturas sociais. Mas, sem dúvida alguma, a camada mais pobre da população é a primeira a sentir os efeitos mais duros deste tempo. Com o isolamento social, trabalhadores autônomos que dependem do movimento nas praias, no comércio e empregados dos pequenos estabelecimentos se veem aflitos por não ter de onde tirar o próprio sustento e o de sua família. O drama dos refugiados e migrantes, que já era uma realidade enfrentada na Paraíba e no Brasil, ganhou novo contorno e se agravou com a pandemia. Assim, é grande o número de pessoas que precisa de assistência direta para ter acesso às coisas básicas da necessidade humana, como a alimentação.
A Ação Social Arquidiocesana, que tem um trabalho constante na produção e distribuição de alimentos, medicamentos fitoterápicos, entre outros serviços, ampliou a sua atividade, visando socorrer estas pessoas que precisam de ajuda. Atualmente, são distribuídas mais de 2.500 refeições diariamente, entre café, almoço e jantar. Além disso, 125 venezuelanos, refugiados e migrantes, foram abrigados e estão sob os cuidados da instituição.
Os alimentos são preparados e distribuídos diariamente com a ação de voluntários. Com todos os critérios e recomendações das autoridades sanitárias e de saúde, as equipes preparam e distribuem os alimentos, além de kits de higiene pessoal, também produzidos pela ASA.
Os venezuelanos que chegaram a João Pessoa e perambulavam pelas ruas da região metropolitana foram acolhidos no Centro Social Arquidiocesano, localizado no Centro da capital e também em uma casa alugada pela ASA em Jaguaribe. Sem abrigo, sem condições mínimas de sobrevivência, estavam à mercê do coronavírus e da fome. Abrigados e alimentados, eles encontram na ASA o refúgio necessário.
“Tem sido uma experiência enriquecedora do ponto de vista da pastoral, mas também escancara diante da sociedade brasileira como é grande o número de excluídos e excluídas no meio de nós”, desabafa o Pe. Egídio de Carvalho, secretário-executivo da ASA. “Tem sido um aprendizado para todos nós! No olhar de cada pessoa um pedido de socorro. A fome é uma realidade entre nós. Espero, com sinceridade, que depois de tudo isto, tenhamos aprendido a lição da partilha e da solidariedade e que os poderes públicos olhem com mais justiça pelos pobres”, concluiu.
A Ação Social Arquidiocesana conta com recursos financeiros obtidos através de convênio com o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba (FUNCEP-PB) e também com doações. Para ajudar a ASA, doe qualquer valor através da conta abaixo:
PROJETOS DA ASA
Casa de Convivência João Paulo II:
Uma casa de apoio às pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS. Atua realizando um trabalho de assistência e de melhoria do bem-estar biopsicossocial, com atividades de autodescobrimento e autoencontro para as pessoas atendidas. Possui grupos de capacitação e terapia, além de atendimento psicológico individual e em grupo. A Casa de Convivência João Paulo II desenvolve também um trabalho de ajuda alimentar, capacitação para adultos, formação das famílias, atividades de minimização de medos, angústias com relação à sorologia, e melhor enfrentamento frente ao resultado do exame e aceitação. Atualmente, 200 pessoas são atendidas diretamente e cerca de 1000 pessoas indiretamente.
Centro Social Arquidiocesano São José:
Este projeto atende, em média, 150 adolescentes e jovens da grande João Pessoa, oferecendo capacitação e preparação para os vestibulares, bem como, oferecer cursos de valorização social. Neste período da pandemia e do isolamento social, o espaço vem sendo utilizado para abrigar famílias venezuelanas.
Miniusina de Leite de Soja e Padaria Mimo do Céu:
A miniusina de leite de soja e padaria (vaca mecânica), é um projeto que produz 7 mil pães e 1.500 litros de leite de soja por semana, atendendo a um público de vulnerabilidade social da Grande João Pessoa/PB. O projeto atua em 17 comunidades e 17 instituições sociais, ou seja, 34 espaços (comunidades/instituições) que têm seu público atendido devidamente cadastrado, seguindo como base os critérios de público-alvo contemplado no convênio, que são crianças de 0 a 6 anos de idade, gestantes, pessoas que vivem com HIV/AIDS, pessoas idosas, pessoas com doenças crônicas e com intolerância à lactose.
Educação Alimentar – Pastoral da Criança
Este projeto visa atender a 100 líderes da Pastoral da Criança que atuam como agentes multiplicadores em suas Paróquias com o objetivo de orientar sobre a alimentação saudável para as famílias acompanhadas pela Pastoral. Estes líderes estão distribuídos nas cinco dioceses do Estado: Arquidiocese da Paraíba (João Pessoa), Diocese de Campina Grande, Diocese de Guarabira, Diocese de Patos e Diocese de Cajazeiras.
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Assessoria de Imprensa