Prefeitura de João Pessoa quer suspender circulação de trens, mas terá que apresentar argumentos para a medida

Cotidiano Paraíba

A pedido da prefeitura de João Pessoa, os trens urbanos que fazem a rota entre Santa Rita a Cabedelo, passando por Bayeux e João Pessoa, podem ser obrigados a parar de circular pelo Ministério Público. Nesta segunda-feira (11), em reunião provocada pelo procurador Regional dos Direitos do Cidadão, José Guilherme Ferraz da Costa, Paulo Barreto, superintendente regional da CBTU-JP (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) fez a apresentação da estrutura organizacional da empresa.

Paulo Barreto informou as medidas que vem sendo tomadas com o intuito de mitigar os efeitos da pandemia do coronavírus, como a redução da grade horária, desinfecção de trens e estações, obrigação da utilização de máscaras pelos passageiros, fornecimento de equipamentos de proteção individual aos empregados, colocação em trabalho remoto de empregados que se autodeclararem do grupo de risco, estabelecimento de turnos de revezamento, dentre outros.

Também foi destacado que a manutenção do funcionamento do transporte ferroviário com viagens reduzidas visa atender a necessidade de deslocamento de trabalhadores de serviços essenciais e que a demanda de passageiros foi reduzida em 75%.

Por outro lado, a Prefeitura de João Pessoa está solicitando a paralisação total do sistema de transporte ferroviário da região metropolitana. Na reunião, que contou com as presenças de representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Estadual e da Prefeitura, ficou acordado que o poder municipal repassará ao MPF os dados técnicos que justifiquem o pedido de paralização, ficando a Prefeitura de João Pessoa também responsável pelo contato com as demais Prefeituras para que demonstrem o seu interesse na paralização do transporte ferroviário.

Após o repasse das informações técnicas, o MPF informou que direcionará manifestação para avaliação da Superintendência da CBTU, que submeterá a questão à Administração Central, para análise do nosso Diretor-Presidente, José Marques de Lima.

“Estamos no aguardo da recomendação a ser direcionada pelo Ministério Público Federal e continuamos a adotar todas as providências necessárias ao enfrentamento da pandemia do Coronavírus, tendo em vista a segurança de usuários e empregados”, disse Paulo Barreto.

Redação