Empresa capacita jovens do sertão da Paraíba em modelagem 3D durante a quarentena

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Uma ideia bem apresentada é fundamental. No mundo e no mercado da engenharia e arquitetura, esse tipo de iniciativa é inerente a qualquer projeto. E o SketchUp (software para projetos 3D) é uma ferramenta que se revela cada vez mais como uma solução inteligente para auxiliar todos os profissionais que atuam nesse exigente mercado.

Uma das funcionalidades que o SketchUp permite é a inclusão de bibliotecas com desenhos técnicos de peças unitárias – chapas, pisos, cerâmicas, metais, e outros componentes – ou de produtos completos e complexos, que servirão para o projetista incluir no seu esboço. A Gabster faz o processamento dessas estruturas tridimensionais.

Porém, para garantir eficiência no desenvolvimento dessas bibliotecas, existe a necessidade de profissionais capacitados para fazerem o trabalho.

Nesse sentindo, a Gabster protagonizou, então, a implementação do curso on-line de modelagem 3D que contou com a colaboração de Eduardo Silva Martins, Engenheiro de Computação, e reuniu alunos e ex-alunos do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) para aprenderem a criar componentes dinâmicos para o mercado.

Know How em projetos dinâmicos

A possibilidade ocorreu em contato com o CEO da Gabster, Cleando Nilson, que ofereceu o curso elaborado pela empresa como meio de qualificar estudantes na modelagem para o SketchUp.

Anteriormente, a Gabster já havia firmado parceria com a Unisinos e Tecnosinos na capacitação de alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo. Porém, desta vez, a proposta foi levar a qualificação até os alunos do IFPB, Campus Princesa Isabel – cidade localizada no sertão, a 420 km de João Pessoa – dando oportunidade aos estudantes de operarem uma ferramenta moderna e cada vez mais necessária em suas áreas de atuação.

Eduardo mantém na cidade um projeto de cunho profissional que objetiva dar oportunidade a alunos e ex-alunos do IFPB levando capacitações e projetos de empresas localizadas em grandes centros para serem executados à distância.

Para esse curso, o professor Rinaldo Rodopiano, da área de projeto arquitetônico do IFPB, indicou alguns alunos-destaque em suas disciplinas para participarem dos cursos de componentes dinâmicos. Tudo é passado pela Equipe de Modelagem da Gabster, que conta com o suporte de Caroline Flores e Lucas Brizolla, ambos engenheiros da empresa.

O curso já ocorre pela segunda edição. A primeira aconteceu em janeiro deste ano e a segunda turma começou as aulas a partir de abril. Para essa etapa, 35 alunos foram selecionados dentro das disciplinas relacionadas à modelagem de projetos do curso técnico em Edificações do IFPB. Os estudantes foram divididos em duas turmas e, como se trata de uma qualificação EAD, conectam-se e acompanham os conteúdos em suas próprias casas.

“Tínhamos encontros semanais durante a realização das aulas da primeira turma, porém, nessa segunda, devido às medidas de contenção da pandemia do Covid-19, essas reuniões presenciais não estão ocorrendo”, explica Eduardo Silva Martins.

Para o engenheiro, o curso abre horizontes, permitindo aos alunos desenvolverem projetos profissionais. “Acho que participar desse curso, concluir e entregar um modelo no nível que a Gabster exige é uma grande mudança nas perspectivas de carreira desses estudantes”, ressalta.

O engenheiro entende que quando os estudantes percebem que podem trabalhar com essa tecnologia, que podem produzir on-line de suas casas e ampliarem suas rendas, há um aumento de autoestima. “Eles conseguem ver que estão entregando um produto adequado ao mercado”, pontua Martins.

O desafio

Ao fim de cada curso, um desafio é lançado. E a ideia é usar os conhecimentos adquiridos para desenvolver um componente real. “No final das aulas, os alunos já entregam uma modelagem real. Mas o desafio proposto foi a entrega de mais dois itens, nesse caso, um componente elétrico e uma porta”, explica.

Dentro de um prazo definido, aqueles três primeiros que entregam o item com a melhor qualidade e no menor tempo recebem uma premiação. “A Gabster seleciona dois componentes, com as medidas necessárias, e cada um dos estudantes os desenvolve”, conta Eduardo. Ele entende que é um estímulo extra, além de uma premiação, os alunos conseguem ampliar a sua variedade de conhecimentos na prática.

“Espero que sirva de inspiração para outros estudantes da área”, revela Eduardo. A qualificação é vista como atitude em prol da educação e desenvolvimento profissional por ele e pelos alunos. “O projeto já existe há seis meses e contar com a Gabster é dar a oportunidade para que os estudantes possam atender às exigências de um novo mercado. Estamos abertos a novas parcerias como esta e os interessados podem me contatar pelo e-mail esmartins@gmail.com”, conclui.

Os alunos que se destacarem durante as aulas terão a oportunidade de participar de projetos desenvolvidos pela Gabster no futuro. Com certeza, é um incremento de renda e uma vantagem competitiva na construção de um currículo consistente.

Assessoria de Imprensa