Os Estados Unidos anunciaram neste domingo (24) a proibição da entrada de estrangeiros vindos do Brasil em seu território. A medida é válida para viajantes que não são norte-americanos e foi tomada após o Brasil se tornar o segundo país com maior número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
Segundo secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, as novas restrições visam garantir que estrangeiros não aumentem o número de infecções no país, que hoje é o mais afetado pela doença e tem 1.639.872 casos oficiais e 97.672 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.
A decisão não afeta o fluxo comercial entre os países.
Não quero as pessoas vindo até aqui e infectando o nosso povo. E também não quero pessoas doentes lá. Estamos ajudando o Brasil com ventiladores… O Brasil está enfrentando problemas, não há dúvidas sobre isso.” Donald Trump, presidente americano, sobre o Brasil.
A expectativa para o anúncio da medida começou na última terça após uma fala de Trump. Naquele dia, o Brasil tinha 271.885 casos e 17.983 mortes confirmadas. Neste domingo, o Ministério anunciou 363.211 casos confirmados e 22.666 óbitos em decorrência da doença. A decisão vale para cidadãos não americanos que visitaram o Brasil nos últimos 14 dias, período de incubação do novo coronavírus.
Portadores de green card, documento que garante residência permanente no país, familiares de norte-americanos e membros de tripulação dos voos poderiam ser exceções à regra.
Neste domingo, Robert O’Brien, um assessor do presidente Donald Trump já havia falado a uma emissora norte-americana sobre a possibilidade do veto, confirmado agora.
“Esperamos que seja temporário, mas, devido à situação no Brasil, vamos tomar todas as medidas necessárias para proteger o povo americano”, disse.
Os Estados Unidos já interromperam viagens a partir da China, Europa e Reino Unido à medida que o vírus se espalhava nessas áreas.
A decisão de proibir a entrada de viajantes vindo do Brasil começou a tomar forma na sexta, quando O’Brien já anunciara que muitas agências de seu país estavam analisando a situação brasileira.
Uol