Empreendedores com mais de 55 anos apontam falta de estrutura para utilizar tecnologias digitais em seus negócios

Brasil

Assunto amplamente discutido no universo dos pequenos negócios, a transformação digital se tornou um desafio ainda maior para os empreendedores desde o início da pandemia do coronavírus, que fez da tecnologia um recurso indispensável para a nova rotina de empresas e consumidores. Apesar dessa importância, as tecnologias digitais ainda são ferramentas distantes da realidade de alguns donos de pequenos negócios, especialmente os que possuem mais de 55 anos, conforme indica pesquisa realizada pelo Sebrae com empreendedores paraibanos.

Conforme o levantamento, que ouviu 78 empresários paraibanos entre os dias 29 de maio e 2 de junho, 25% dos entrevistados que possuem 56 anos ou mais disseram que estão conseguindo funcionar durante a pandemia, mas que não possuem estrutura para utilizar as tecnologias digitais. Já na faixa etária entre 36 e 55 anos, 13,1% dos entrevistados disseram não ter estrutura para as tecnologias digitais em seus negócios. O menor percentual, de 12,5%, foi verificado entre os empresários com idade até 35 anos.

Ainda falando sobre as ferramentas digitais, a pesquisa também aponta que o uso desses recursos para auxiliar no funcionamento dos pequenos negócios durante a pandemia é maior entre os empreendedores com faixa etária de 36 a 55 anos. Conforme os números, 42,1% deles afirmaram que estão conseguindo funcionar utilizando ferramentas digitais. Já entre os empreendedores com até 35 anos, o percentual foi de 34,3%, seguidos pelos empresários com 56 anos ou mais, faixa etária em que 12,5% dos entrevistados afirmaram utilizar as ferramentas digitais para o funcionamento do negócio.

Segundo a analista do Sebrae Paraíba, Renata Câmara, os números da pesquisa refletem a necessidade de aproximação com as novas tecnologias. “Os empreendedores na faixa acima dos 50 anos praticamente são considerados imigrantes digitais. A sua base de formação não incluiu nenhuma dessas tecnologias disponíveis no mercado, que auxiliam bastante no dia a dia do negócio, incluindo desde instrumentos simples, que estão disponíveis gratuitamente, até os planos mais robustos de ferramentas pagas”, explicou.

“Então, cabe ao empreendedor não ter medo e procurar administrar a situação, com sua experiência de vida e com as habilidades que foi desenvolvendo ao longo da sua jornada, encarando isso como um processo de aprendizado”, afirma Renata Câmara.

Ainda falando sobre o assunto, a analista do Sebrae Paraíba também destacou que “não adianta tentar aprender tudo de uma vez, mas sim escolher algumas ferramentas para se apropriar inicialmente e ir desbravando aos poucos esses instrumentos que, na verdade, vão fazer com que o empreendedor também desenvolva novas habilidades e competências para o mercado”.

Mais informações – Além das informações sobre o uso de ferramentas digitais durante a pandemia, a pesquisa realizada pelo Sebrae também revela que 43,7% dos empreendedores com até 35 anos estavam com seus negócios temporariamente fechados, uma vez que só conseguem funcionar presencialmente. Já entre os empresários com 56 anos ou mais, esse percentual é de 37,5%. Por fim, o menor percentual verificado foi na faixa etária entre 36 e 55 anos, em que 34,2% dos entrevistados afirmaram que seus negócios só conseguem funcionar de maneira presencial.

Assessoria de Imprensa