Paraibano retorna dos EUA e elogia barreira no Castro Pinto, único aeroporto que passou com esse atendimento

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Os passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, na Região Metropolitana de João Pessoa, continuam a passar pela barreira sanitária para verificação da temperatura corporal. O objetivo é identificar possíveis pessoas com sinais de estarem com sintomas do coronavírus. A ação chamou atenção do paraibano William Costa, que chegou dos Estados Unidos nesta terça-feira (14). Segundo ele, o Castro Pinto foi o único dos cinco aeroportos que ele passou durante a longa viagem que está realizando essa barreira sanitária.

O paraibano saiu da Filadélfia, na Pensilvânia, no dia 12 de julho, fazendo uma conexão em Winston, na Flórida – 3h40 de durante -, de onde seguiu para São Paulo (Aeroporto de Guarulhos) – mais 9h40 -, fazendo uma outra conexão no Aeroporto de Brasília – cerca de duas horas de voo. Apesar de passar por dois dos aeroportos mais movimentados do mundo (Winston e Guarulhos) e o de Brasília, que recebe centenas de passageiros estrangeiros, apenas no Castro Pinto ele fez a medição de temperatura.

“Senti bastante orgulho da Paraíba e ainda mais seguro, porque essa medição é uma barreira para que pessoas que estejam com o vírus não entrem no estado livremente, evitando a disseminação do coronavírus”, afirmou William.

“Em todos os aeroportos só encontrei áudios vagos sobre a Covid-19 e sobre a importância do uso de máscaras, do álcool em gel e do distanciamento social, mas nenhuma ação efetiva de controle da passagem de pessoas para prevenir a circulação do novo coronavírus”, ressaltou Vinícius .

Antes de desembarcar em João Pessoa, porém, Vinícius Costa disse que passou por momentos de bastante tensão durante o voo. Nos aeroportos dos Estados Unidos ainda ouvia mensagens, em português, informando que os passageiros com algum sintoma do coronavírus procurassem o setor médico.

No voo entre Winston e Guarulhos, o avião veio com poucos passageiros, o que permitiu um distanciamento entre eles. Mas, no voo entre São Paulo e Brasília, o voo veio praticamente lotado, com nenhum distanciamento. “Fiquei muito tenso nesse trecho da viagem”. Entre Brasília e João Pessoa o voo foi mais tranquilo, com o avião com bastante assentos livres.

A barreira sanitária está sendo coordenada pelo Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa-PB), desde o final de março. De acordo com Jória Guerreiro, diretora-geral da Agevisa, a ação deve ser mantida provavelmente até o final de julho. “Aguardamos a estabilização dos casos e a determinação do governador João Azevêdo”, afirmou.

Barreira já mediu temperatura de 18.538 pessoas

Conforme dados da Agevisa, do período entre 14 de abril até esta quarta-feira (17), 18.538 passageiros passaram pela barreira e fizeram a medição e não houve nenhum caso sintomático. Caso algum passageiro tenha a temperatura elevada, segundo Jória Guerreira, ele é encaminhado à Vigilância Epidemiológica onde preenche um formulário, entra em isolamento social e fica sendo acompanhado até o final da quarentena.

Vinícius Costa retornou dos Estados Unidos definitivamente. Segundo ele, que trabalhava na Amazon e residia lá desde julho de 2015, o clima é de bastante preocupação entre as pessoas em decorrência do aumento dos casos do coronavírus. As pessoas na Flórida e Texas continuam as suas vidas normais, segundo ele, com comércio aberto, realizando festas quase que diariamente, entre outras atividades, sempre provocando aglomerações.

O paraibano disse que viu uma reportagem em que aponta que em setembro está prevista uma nova onda de pessoas contaminadas com o coronavírus e que mais de 100 mil americanos devem morrer. “Sai de lá por medo”, revelou Vinícius Costa, que disse que a situação dos brasileiros que estão nos Estados Unidos está bastante difícil, inclusive, muita gente desempregada e que tem recebido ajuda por meio de campanhas de doação de alimentos.

Fábio Cardoso