A retomada do turismo com a reabertura de países fora do Brasil

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O setor de turismo talvez tenha sido o mais afetado pelo isolamento social imposto como forma de reduzir o contágio pelo novo coronavírus. Países fecharam suas fronteiras, viagens internas foram impedidas, companhias aéreas deixaram aviões em solo e hotéis praticamente fecharam as portas. Agora, alguns dos países europeus mais visitados pelos brasileiros, como Portugal, Espanha, Itália e França, começam a retomar as atividades econômicas e a liberar parcialmente o turismo. Mas a situação ainda requer cautela a respeito dos efeitos imediatos para o setor no Brasil.

No início de junho, a União Europeia divulgou as recomendações que devem ser seguidas para seus países membros suspenderem as restrições a viajantes do exterior. Elas incluem análise das taxas de infecção e a capacidade do país de origem do visitante para lidar com o vírus. Restrições devem permanecer em vigor para países com um surto pior, como é o caso do Brasil.

Independentemente da recomendação, as restrições para entrada em seus territórios foram mantidas (exceto a membros da União Europeia) por Itália, França e Portugal, que, no entanto, permite a entrada de voos que partem de Guarulhos e do Galeão, de acordo com informações da Iata (www.iatatravelcentre.com/international-travel-document-news/1580226297.htm). A Espanha anunciou a reabertura a partir de 30 de junho.

A Grécia, que já liberou o acesso às praias, mantém o impedimento de entrada de turistas estrangeiros. Hoje fora da União Europeia, o Reino Unido, por sua vez, exige que o passageiro que chegar ao país fique 14 dias em quarentena e preencha o Formulário Localizador de Passageiros de Saúde Pública.

Nas Américas, alguns estados dos Estados Unidos iniciaram a reabertura das atividades, mas estão tendo de recuar em razão de novo aumento nos casos de covid-19, como é o caso do Texas. Entre os vizinhos brasileiros, o Uruguai segue com as fronteiras fechadas, enquanto Argentina e Chile devem amenizar as restrições de entrada.

Ainda assim, mesmo nos países que retomaram as atividades econômicas, permanecem em vigor medidas de distanciamento e há limites ao número de frequentadores de bares, restaurantes e museus. A temperatura dos viajantes pode ser medida para conferir se não estão com febre, é exigido o uso de máscaras e, eventualmente, eles podem cumprir uma quarentena preventiva de alguns dias.

No caso das companhias aéreas, diversas companhias internacionais já deixaram de vender o assento do meio desde abril para garantir maior distanciamento social entre passageiros. Nos EUA, United e American divulgaram que não permitirão o embarque de passageiros que não estiverem usando máscaras.

No Brasil, as empresas de aviação também exigem que os passageiros usem máscaras, permitem o álcool em gel a bordo e suspenderam o serviço de bordo em voos mais curtos. Todas as orientações podem ser encontradas no site da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) (https://www.abear.com.br).

Mesmo que eventualmente os países liberem a entrada de brasileiros, muitos possíveis viajantes temem que, em uma eventual nova onda de contaminação, possam ser impedidos de deixar o local em que estão visitando. A percepção das pessoas que pretendem viajar é de que, a partir do final deste ano e em 2021, a situação esteja melhor e elas já começam a planejar visitas a lugares turísticos para celebrar o fim da quarentena e, espera-se, da pandemia. O ideal é ir acompanhando a situação nos lugares onde pretende ir. E, claro, também seguir cotações e oscilações do dólar e do euro.

Por Viajanet – NB Press Comunicação