O início do Campeonato Brasileiro de Futebol 2020 em plena pandemia do coronavírus está aquecendo o mercado de fretamento de voos. Após o Flamengo anunciar uma parceria com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, inicialmente para 10 jogos fora do Rio de Janeiro, o Corinthians confirmou que fretou avião para as suas próximas duas partidas, contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte (MG), e Grêmio, em Porto Alegre (RS). O São Paulo também fretou um avião no final de semana, em partida que acabou sendo adiada, em Goiânia (GO), contra o Goiás. A direção do time goiaino também anunciou que fretaria um avião para levar a equipe até o Paraná, quando enfrentará o Atlético-PR.
O número elevado de casos do coronavírus no Brasil, com mais de 100 mil mortes desde sábado (08), está colocando em cheque a segurança dos atletas dos clubes brasileiros, que estão sendo obrigados a viajar com muitas escalas, quando utilizam avião, ou de ônibus, provocando muita proximidade entre os jogadores e dirigentes.
Em Campina Grande (PB), a partida entre o Treze e Imperatriz, do Maranhão, pela Sérei C, teve de ser adiada pelo mesmo motivo do adiamento da partida do São Paulo. Doze atletas do time maranhense testaram positivo para o coronavírus – no Goiás, foram nove testes positivos.
No caso da partida em Campina Grande, a delegação do Imperatriz foi obrigada a fazer uma verdadeira odisseia para chegar na Paraíba. Viajou de ônibus, fez uma conexão no aeroporto de São Paulo, até chegar no destino final. Esse percurso foi feito com 12 jogadores com coronavírus. Segundo um especialista em infectologia, certamente esses atletas podem ter transmitido a doença para outros companheiros do time.
Então, para se proteger, a saída nesse momento é fretar voos. Desde sábado (08), A Azul voa com as delegações do Sport, Athletico Paranaense, São Paulo e Palmeiras. Com o Flamengo, a companhia aérea já tem o contrato acertado para as 10 primeiras rodadas do campeonato e, nesta semana, também transportará as equipes de Grêmio, Goiás, Corinthians e Atlético Mineiro
Já o procedimento de embarque e desembarque das delegaççoes, conforme consulta feita pela reportagem do Turismo em Foco com a Infraero, que administra vários aeroportos no Brasil, é de responsabilidade das companhias aéreas. Os clubes também estão pleiteando setores exclusivos para que os jogadores não circulem pelos aeroportos, para evitar contato com os torcedores e curiosos.
Fábio Cardoso
