O missionário comboniano Padre Carlos Bascaran Collantes morreu após complicações da Covid-19 nesta terça-feira (22) aos 79 anos. O missionário atuava na Paróquia Santo Antônio, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, Paraíba, desde 2010.
Na década de 1970 (de 1974 a 1977), padre Carlos trabalhou nas paróquias de João Neiva e Nova Venécia, no Espírito Santo, onde se tornou famoso por ser também jogador de futebol.
Ele participou inclusive de campeonato estadual pela Ferroviária. A fama de padre jogador levou padre Carlos a ser capa da revista Placar e tema de reportagem no Fantástico, da Rede Globo.
De acordo com a Arquidiocese da Paraíba, o religioso estava internado há 20 dias. Não houve velório devido às regras sanitárias por conta do novo coronavírus e o sepultamento aconteceu ainda nesta terça acompanhado apenas dos irmãos de congregação.
Padre Carlos era natural da Espanha e dedicou 50 anos ao sacerdócio. Pertencente à Congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus (MCCJ), ele chegou à Arquidiocese da Paraíba em março de 2010.
Em nota, a Arquidiocese declarou que “une-se em oração por este irmão que agora encontra-se na Pátria Celeste, para que o Senhor o acolha e o dê o descanso eterno”.
Em 1963, com 22 anos, Carlos deixou a Universidade de Química e o futebol para ser missionário, entrando na Congregação Comboniana. No ano de 1966, foi para Portugal estudar Teologia e, em 1970, aos 30 anos, foi ordenado padre em Porto, Portugal.
“Era o craque do time”
Conforme o jornalista esportivo Oscar Rocha Junior, que acompanhou algumas partidas de padre Carlos, ele era muito hábil, forte e não entrava em divididas para perder.
“Os adversários reclamavam, inclusive, que ele tinha canela dura demais. Era o craque do time e até os evangélicos gritavam o nome dele quando entrava em campo”, brinca Oscar.
Tribuna Online – Espírito Santo