A chapa da vereadora Eliza Virgínia (PP-PB) vai esquentar nos próximos dias. É que durante a sessão da Câmara Municipal de João Pessoa, nesta quarta-feira (07), a parlamentar – que é candidata à reeleição – chamou a funkeira carioca, sem cerimônias, de “maconheira”. A ofensa aconteceu durante um debate sobre a distribuição de recursos destinados ao setor cultural por meio da Lei Aldir Blanc.
Além de ofender a cantora em plenário, a vereadora achou pouco e divulgou em sua conta no Instagram (@vereadoraeliza) o seu pronunciamento, onde faz as ofensas. No vídeo postado por Eliza, ela afirma que: “Eu espero que esse auxílio seja destinado a verdadeiros artistas, e não por exemplo para artistas que ficam nus nos museus, não por exemplo para artistas que fumam maconha, como a maconheira da Ludmila. Esse tipo de artista não merece receber auxílio emergencial do governo”.
Porém, Ludmila não demorou muito a saber das ofensas e, no Instagram da vereadora, respondeu avisando de que iria entrar com uma ação na Justiça. Na postagem, a cantora afirma que Eliza terá que provar todas as suas “caluniosas e difamatórias acusações, que são crimes também previstos no Código Penal.”
Ludmila vai além e afirma que em um clipe que gerou muita polêmica quando foi lançado e acusado de fazer apologia ao consumo de drogas, “a música e a divulgação foram feitas em cima de alface, tanto que foi gravado em uma horta, e o cigarro consumido apenas para a cena foi de palha.”
No final do texto, a cantora pede para que a vereadora se informe e evite passar esse tipo de vergonha, “sendo que há questões mais importantes, precisas e necessárias que VOCÊ como vereadora, poderia estar resolvendo.”
Saquinho de maconha com foto de Ludmila
Quando o vídeo foi lançado, houve muita polêmica, inclusive, o sugestivo nome da música, “Verdinha”, rendeu somente até janeiro deste ano, mais de 32 milhões de visualizações no Youtube. Porém, o climax da polêmica aconteceu quando várias pessoas informaram que havia visto saquinhos de maconha com a foto de Ludmila na embalagem, no Rio de Janeiro.
Sobre as acusações e polêmicas em torno da música, na oportunidade, Ludmilla afirma que a letra trata apenas de alface. A funkeira também atribui parte das críticas a preconceito. “Que loucura essas marcas que falam de diversidades e cancelam uma campanha por puro preconceito”, desabafou no Instagram em dezembro.
Fábio Cardoso