Com lance três vezes menor do que o valor mínimo, Justiça do Rio de Janeiro não deve homologar venda do Tambaú Hotel

Cotidiano

O leiloeiro De Paula Leilões, do Rio de Janeiro, deu por encerrado o leilão do Tambaú Hotel, empreendimento localizado na praia de Tambaú, em João Pessoa. Porém, o responsável pelo lance que arrematou o hotel, o advogado paraibano Rui Galdino – como o Turismo em Foco afirmou com exclusividade na quinta-feira (29) -, ainda não pode ser considerado o comprador.

A Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro terá que aprovar a operação, que deve ser em consenso com a Juízo da 4ª Vara do Rio de Janeiro, o Ministério Público e o administrador da massa falida (o Tambaú Hotel).

O que está em questão é o valor do lance dado pelo advogado. Em entrevista concedida ao Portal Polêmica Paraíba, Rui Galdino, que é colunista do site, afirmou que deu um lance de R$ 20 milhões. Entretanto, no site do De Paula Leilões, o valor divulgado é de R$ 40 milhões. Um valor ou o outro estará na pauta da reunião para definir se a compra será concretizada ou não.

De acordo com o edital, conforme informou o De Paula Leilões, o lance mínimo deveria ser a partir da metade estabelecida para a chamada segunda praça. Na primeira praça, o valor estimado pelo Tambaú Hotel foi de pouco mais de R$ 133 milhões. Como não houve lance, esse valor caiu para metade (R$ 64 milhões). Uma fonte ouvida pela reportagem do Turismo em Foco disse que dificilmente com o preço de R$ 20 milhões ou R$ 40 milhões (valor três vezes menor do que o lance mínimo) o negócio será concretizado e que o processo voltará para a estaca zero.

Na entrevista ao Polêmica Paraíba, Rui Galdino disse ter ficado surpreso diante da desistência do grupo Arnaldo Gaspar. O objetivo dele ao tentar arrematar o hotel é resgatar o cartão postal, chamar os funcionários que foram demitidos e reativar o hotel.

“Vou resgatar um patrimônio histórico que sempre foi dos paraibanos. O Hotel Tambaú, esse gigante adormecido e muito mal tratado nos últimos anos, vai voltar a sorrir e ser o principal ponto de referência turística do nosso estado”, disse o advogado.

Fábio Cardoso