ONGs da região Nordeste acreditam que número de pessoas assistidas deve aumentar no pós-pandemia

Cotidiano

A pandemia de COVID-19 exigiu uma mudança de hábitos em todo o mundo. O Brasil, como um dos países mais afetados pela doença, sofreu com os impactos em diversos setores, principalmente as ONGs. Reflexo desse cenário é que 54% das ONGs na região Nordeste acredita que o número de pessoas assistidas deve aumentar no pós-pandemia, segundo pesquisa do Datafolha em parceira com a Ambev. Além disso, 51% acredita que a falta de suporte financeiro no pós-pandemia também será um problema para manter as organizações e 59% das organizações já sinalizam a falta de dinheiro como umas das principais dificuldades durante a pandemia.

Retrato nacional e a preocupação com o futuro

Os dados mostram que os desafios já enfrentados pelas ONGs foram acentuados com o cenário atual e traçam um futuro ainda incerto para as gestões. Dentre as principais dificuldades destacadas para sobreviver ao pós-pandemia estão a falta de suporte financeiro (41%), doações de materiais e equipamentos (13%) e voluntários para ajudarem a organização a se reerguer (11%).

A falta de suporte também levou 59% das ONGs a afirmarem que não atenderam mais pessoas durante a pandemia. Em contraponto, os gastos apenas aumentaram em 2020. A compra de produtos relacionados à prevenção da COVID-19 (20%), alimentos (14%) e investimentos em estrutura para trabalho remoto (10%) entraram na rotina das organizações que foram obrigadas a se reinventar em um período que exigiu muita criatividade, paciência e colaboração.

“As ONGs brasileiras estão cientes de que para superar um desafio da magnitude de uma pandemia é necessário um esforço contínuo e dedicação de seus voluntários e da sociedade. Com um maior envolvimento e apoio conjunto entre a comunidade, empresas e governo, o trabalho dessas organizações pode ter um impacto positivo ainda maior, principalmente no cenário que vivemos atualmente”, comenta Carlos Pignatari, gerente de Impacto Social na Ambev.

Diante das dificuldades vividas este ano, a internet refletiu o interesse do brasileiro: nunca se buscou tanto por “como ajudar” quanto em 2020. E, apesar da necessidade de doações ser um ponto recorrente na realidade das organizações antes da pandemia – 23% delas relataram esse problema -, a colaboração das pessoas foi fundamental para que elas se mantivessem firmes. As principais doações recebidas foram de alimentos e cestas básicas (45%), produtos relacionados à prevenção da COVID-19 (28%), produtos de higiene pessoal (25%) e contribuições financeiras (21%).

Ambev e voluntariado

O Programa VOA foi criado pela Ambev em 2018 para compartilhamento de conhecimento em gestão de recursos e processos para ONGs. Em novembro deste ano, a Ambev abiu as inscrições para quarta edição da iniciativa. São mais 50 vagas para organizações de todo o Brasil, que tenham todo e qualquer impacto positivo para a sociedade. Para participar, as intuições interessadas devem se inscrever no link, que dá acesso também ao edital do programa. As inscrições estão abertas até dia 15 de dezembro.

A mentoria gratuita oferecida para as ONGs é feita por meio do conhecimento e experiências de mentores do VOA, que são líderes da Ambev que participam de forma voluntária no programa. Além disso, também estão previstos cursos nas áreas de finanças, captação de recursos, governança, recursos humanos, e comunicação e marketing. As aulas são em formato de vídeo aulas, além de contarem com auxílio de apostilas disponíveis na plataforma do programa e direcionamento dos voluntários mentores.

Em 2019, foram mais de 330 inscrições de ONGs para participarem do VOA. O programa contemplou 115 organizações, aumentando o impacto para cerca de 5 milhões de pessoas em todo o Brasil. Atualmente, são mais de 100 funcionários atuando junto às organizações.

Assessoria de Imprensa