Dia da Mulher: Profissionais de saúde contam como é estar na linha de frente de enfrentamento à covid-19

Cotidiano

Cada mulher tem suas batalhas, mas algumas mais desafiantes do que se pode imaginar. Elas tentam conciliar a rotina no enfrentamento a uma emergência de saúde com a família e a própria vida. Além do cuidado com os pacientes para a recuperação, elas precisam se prevenir em dobro para evitar o próprio contágio e o de pessoas queridas. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Unimed João Pessoa conta a história de duas dessas mulheres que aceitaram a missão de atuar na linha de frente contra a covid-19, encarar o desconhecido e se doar para salvar vidas.

Rosilene Linhares, de 40 anos, coordenadora de enfermagem de Unidade de Terapia Intensiva, e Jáyra Freire, de 30 anos, enfermeira intensivista, trabalham na linha de frente no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, unidade própria da Unimed JP, referência em alta complexidade e preferencial para covid. Elas contam suas experiências, receios, além do sentimento de gratidão a cada alta hospitalar e esperança pelo fim do isolamento, dias sem máscara e sem medo de abraçar familiares e amigos.

Motivação – Na coordenação do processo de tratamento intensivo adulto desde março de 2020, Rosilene conta que o primeiro desafio foi controlar a situação para não deixar a equipe desanimar pelo medo do desconhecido. Ela destaca que foi difícil se dividir entre trabalho e casa. “Minha maior superação foi conciliar a rotina em uma unidade covid-19 com a minha família, mas o sentimento de gratidão e recompensa ao ver um paciente recuperado é o que dá motivação para continuar. É o amor pela vida e pelo meu trabalho”, destaca.

Grávida de 25 semanas, Rosilene chegou a perder um parente durante a pandemia. Hoje, está afastada do contato direto com a doença, mas continua na coordenação da ala. “Minha equipe tem meu respeito e gratidão pela dedicação, profissionalismo, comprometimento e união”, diz.

Doação

A enfermeira Jáyra Freire faz parte da equipe da Unidade de Cuidados Respiratórios (UCR) e da Unidade de Cuidados Agudos (UCA). Para ela, o momento crítico foi o medo da contaminação no início da pandemia – ela chegou a ser infectada – e as dificuldades para lidar com as novas informações que chegavam. “Sempre havia novos protocolos, sintomas e equipamentos de proteção”, conta. Jáyra destaca que, nesse período, a responsabilidade em relação à vida de quem estava esperando por ela em casa foi uma das coisas que mais lhe marcaram. “Muitas de nós se isolaram da família para protegê-la. Foi um teste psicológico e uma superação emocional sem precedentes”.

A enfermeira explica que o trabalho é cansativo e exige estudo, estratégia, persistência e doação, mas que, no fim do plantão, ela é preenchida pelo sentimento de que deu o seu melhor. “Os pacientes demonstram uma coragem invejável por videoconferência com seus familiares e buscam em nós o sinal de confiança que precisam. Somos nós que seguramos a mão deles e prometemos fazer o máximo para a recuperação plena”, destaca. “A emoção no momento da alta médica é o que faz o coração se aquecer de gratidão. Nesse momento sei que estou no lugar certo”, celebra.

Assessoria de Imprensa