Palmeiras imperiais integram paisagismo urbano e compõem cenários históricos de João Pessoa

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Pau Brasil, Gameleira, Pitangueira, Jambeiro, Mangueira, Ipê amarelo e roxo, algumas variedades de Cássias, Macaíbas, Ficusmacrocarpa. Estas são algumas das espécies da flora presente no Parque Solon de Lucena, um dos pontos mais conhecidos de João Pessoa, que apresenta uma variedade arbórea, com destaque para as imponentes Palmeiras imperiais – plantadas há quase cem anos – que contornam a Lagoa.

“As palmeiras da Lagoa foram plantadas no início da urbanização do local, quando fizeram aquele anel de palmeiras imperiais. Nesse espaço nós encontramos árvores com mais de setenta anos”, disse Anderson Fontes, diretor de Controle Ambiental e chefe da Divisão de Arborização e Reflorestamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam).

Mas não é apenas na Lagoa que podemos encontrar a Palmeira imperial em João Pessoa. Existem 746 espécimes plantados em espaços públicos da Capital e além do Parque Solon de Lucena, a árvore também pode ser vista no Parque Arruda Câmara (Bica), na Avenida Epitácio Pessoa e em frente e ao Paço Municipal e em algumas praças.

De acordo com Anderson Fontes, o Parque Arruda Câmara é outro local com boa concentração de palmeiras imperiais. “Na Bica há um pequeno espaço com 13 árvores. É o menor espaço de agrupamento de palmeiras imperiais plantadas no Brasil. Hoje não é possível fazer um plantio direcionado igual a esse”, afirmou.

Anderson ressaltou ainda que todas as Palmeiras imperiais plantadas nas áreas públicas de João Pessoa estão saudáveis, pois a Semam realiza todos os tratamentos fitossanitários três vezes por ano e acompanha periodicamente o desenvolvimento fisiológico e estrutural de cada um dos746 espécimes.

Tempo de vida e cuidados

Uma Palmeira imperial plantada em área urbana com todas as condições fitossanitárias pode viver até 120 anos, mesmo sofrendo todas as interferências provocadas pelo homem, principalmente em relação à poluição atmosférica causada pelos automóveis.

No entanto, para uma boa condução do ciclo de vida da palmeira, são necessários alguns cuidados como regar no período certo, sobretudo, quando a planta ainda for jovem, fazer as podas de limpeza periodicamente e ficar atento às infestações de fungos, principalmente das Cochonilhas, uma das pragas mais comuns às plantas ornamentais.

Segundo Anderson Fontes, a recomendação da Semam é plantar a Palmeira em um espaço aberto como jardins e quintais, mais adequados para o crescimento da árvore e também para uma futura poda de assepsia. Ele alerta que palmeiras não devem ser plantadas perto de muros nem no passeio público por causa da fiação elétrica.

História – Originária das Antilhas, a palmeira imperial foi introduzida no país pela família real. A primeira árvore da espécie foi plantada pelo príncipe regente Dom João VI, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1809. Todas as palmeiras imperiais cultivadas no país são descendentes desta primeira planta, denominada Palma Mater.

Arborização – João Pessoa é uma capital que apresenta uma grande diversidade arbórea. Segundo o levantamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam), são 105 espécies diferentes de um total de aproximadamente 300 mil árvores. A Capital mantém 31,47% de vegetação arbórea e 47,11 metros quadrados de área verde por habitante.

Secom João Pessoa