Nova diretoria da API assume com desafio de defender a democracia e a liberdade de imprensa

Cotidiano

A nova diretoria da Associação Paraibana de Imprensa tomou posse na noite desta sexta-feira (10), em solenidade realizada no auditório da Faculdade Maurício de Nasau, em João Pessoa. Marcos Wéric assumiu a presidência para um mandato de três anos no lugar do jornalista João Pinto. Com as presenças de muitas autoridades, entre elas a do governador da Paraíba, João Azevêdo; do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdinho; do secretário de Comunicação, Nonato Bandeira; do vereador de João Pessoa, Marcos Henriques; e da subdefensora pública-geral da Paraíba, Madalena Abrantes.

Os discursos, afora a prestação de contas de João Pinto, tiveram um tom forte em defesa da democracia e da liberdade de imprensa, além de críticas, sem citar o nome, ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Marcos Wéric foi enfático ao afirmar que assume a associação em um momento difícil para o exercício da democracia, mas consciente de que a API terá um papel fundamental para que a imprensa continue livre, que as instituições sejam respeitadas e que todos cumpram com a Constituição Federal e combatam veementemente as Fakes News.

“Todo cidadão hoje é um sistema de comunicação ambulante. Com um único aparelho se pode registrar um fato ou uma opinião, publicar em vários meios e distribuir para centenas ou milhares de pessoas em questão de segundos. Mas somente nós, profissionais da imprensa, éticos e comprometidos com a verdade, temos o discernimento, as fontes de checagem, a ética profissional, o feeling jornalístico para produzir uma notícia confiável para a sociedade”, disse Wéric.

O governador também pontuou os riscos que a sociedade está vivenciando com o desrespeito às instituições e à Constituição orquestradas pelo presidente Jair Bolsonaro (ele não citou o nome) e seus seguidores. Nesse sentido, de conta informação e fake news, Azevêdo disse que a maioria dos jornalistas têm independência e exerce a sua profissão com profissionalismo, mas advertiu que a minoria pode se transformar em maioria utilizando os instrumentos e formas ilegais para espalhar a mentira.

Já o presidente da Assembleia Legislativa preferiu ficar no meio termo, elogiando e criticando a imprensa, principalmente, em momentos citados como exemplo por ele, como o comportamento em algumas decisões do Judiciário (Supremo Tribunal Federal), que, segundo ele, rasga a Constituição para proteger ou condenar aliados ou desafetos. Nesse parêntese, ele enfatizou o caso que tirou o petista Luiz Inácio Lula da Silva da disputa eleitoral no embate contra Bolsonaro.

Foram empossados Cristiano Machado (secretário geral), Cristiano Teixeira (tesoureiro), Andréia Barros (diretora social), Juca Pontes (diretor de Cultura), Petson Santos (diretor de Assuntos Políticos), Edilane Ferreira (diretora de Comunicação Social), Astrogildo Pereira (diretor de base de Campina Grande), Levi Dantas (diretor de base de Sousa) e Jarismar Pereira (diretor de base de Cajazeiras). Para o Conselho Deliberativo foram empossados Alexandre Freire, Ary Ramalho, Edson Pereira, João Pinto, Naldo Silva, Nayane Rodrigues, Nonato Guedes, Padre Albeni e José Euflávio. Cleane Costa, Fred Meneses e Fernando Braz atuarão no Conselho Fiscal. Messina Palmeira, José Valdez e Angelita Lucas são suplentes e Joelma Alves, Josélio Carneiro e Gil Figueiredo são suplentes da diretoria.

Fábio Cardoso