Ministro quer acabar com a exigência do teste de PCR para viagens para o exterior. Ele diz que há uma ‘indústria de PCR”

Brasil

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, criticou o que ele chamou da “indústria do PCR”, o teste que as pessoas fazem para saber se estão ou não com a covid-19. De acordo com o ministro, as empresas que fazem esses testes estão lucrando mais do que as companhias aéreas em voos internacionais. Ele citou que viajou para Dubai para participar de uma feira internacional e que teve que fazer três testes para a covid-19, que custaram quase dois mil reais.

O secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, também criticou a exigência do PCR, principalmente para os brasileiros que precisam retornar de alguma viagem do exterior. Ele disse que esteve na França, há duas semanas, e, na ida, apresentou apenas a carteira de vacinação comprovando ter tomado as duas doses da vacina. No retorno teve que pagar o teste. “Temos que acabar com essa exigência para o bem do turismo internacional”, enfatizou o secretário.

Na opinião do ministro do Turismo, essa exigência está afugentando os turistas do Brasil e vice-versa. Gilson afirmou que um turista brasileiro corre o risco de ter um gasto no exterior que não tenha como bancar, caso o teste dê positivo para covid-19. Ele citou como exemplo o ministro da Saúde, Carlos Queiroga, que foi para os Estados Unidos e pegou a doença lá, sendo obrigado a passar por uma quarentena de 15 dias fechado em um hotel.

Nesse caso, enfatizou Gilson, o governo bancou as despesas. Se o mesmo ocorresse com um turista brasileiro, os gastos seriam muito elevados. O ministro acredita que é preciso acabar com essa exigência para que o turismo internacional retorne mais rapidamente a se desenvolver de forma recíproca.

Fábio Cardoso