VP da Associação dos Microempresários da Orla Marítima de João Pessoa explica os propósitos e desafios da associação

Brasil

Em virtude da pandemia, o turismo se viu devastado, com a necessidade do isolamento social e a privação de viagens, além do fechamento dos bares e restaurantes. Os empresários do setor e agentes foram altamente impactados com a falta dos turistas.  Neste cenário, empresários da orla de João Pessoa recriaram a  Ameomar – Associação dos Microempresários da Orla Marítima de João Pessoa -, que tem o propósito de movimentar os negócios de pequenos e microempresários, aquecer o movimento dos estabelecimentos e proporcionar boas experiências aos turistas que visitam a capital paraibana.  

A Ameomar tomou posse na última semana e já nasce com  58 estabelecimentos e 45 quiosques de coco. Além disso, com a associação serão 1.200 empregos diretos, 2 mil indiretos e R$ 5,5 milhões de movimentação financeira mensal, que pode dobrar na alta temporada, o que traria inúmeras vantagens para a cidade. Em entrevista, João Victor Chaves de Ramalho Brunet, vice-presidente da Ameomar, explica sobre os interesses e desafios da associação.

Confira:

Quais as principais propostas da Ameomar para João Pessoa?

A nossa primeira proposta é a padronização de todos os quiosques, de maneira limpa, sustentável e profissional para melhor atender todos os clientes, tanto os pessoenses quanto os turistas. Em segundo lugar, profissionalizar a gestão de todos os quiosques como forma de maximizar a geração de empregos, qualificando funcionários por meio de cursos profissionalizantes, para melhorar o atendimento ao cliente e possuir atendimento bilingue. Aumentar o fluxo de compra e venda e consequentemente os negócios, e acreditamos que com as duas primeiras propostas conseguiremos alcançar esta terceira.

Na sua opinião, quais os benefícios que ela vai trazer para nossa cidade?

Benefícios ao turismo e a malha hoteleira, que em sua maioria está localizada na orla e consequentemente é de tráfego dos turistas. Oferecer um melhor serviço para impactar os visitantes da nossa cidade e os próprios pessoenses. Queremos fazer com que os frequentadores tenham orgulho da orla de João Pessoa por sua organização, beleza, gastronomia e atrativos culturais e eventos sociais e esportivos. Queremos ser uma entidade inovadora, unida e forte, que valoriza empreendedores, parceiros, turistas e todos os pessoenses que frequentam a orla de João Pessoa.

O que a Ameomar espera do poder público e da parceria com a Prefeitura e Governo da Paraíba?

Esperamos conquistar uma parceria com a prefeitura especialmente no sentido da estrutura. Temos uma necessidade de readequar a questão estruturante dos quiosques, pois a licença que possuímos é 1992, ou seja, a realidade mudou, o fluxo de turismo da cidade também, então precisamos reestruturar os quiosques. Precisamos trabalhar também a questão da sustentabilidade, realizar a coleta seletiva, e também conseguir oferecer uma contrapartida à Prefeitura tirando um pouco do peso e da responsabilidade de zelar pela nossa orla, unir o setor privado ao público, para assim conseguir promover eventos culturais, esportivos e sociais, como a padronização de vendedores ambulantes da região. A associação representa um diamante bruto para a cidade, o turista quando chega no hotel ele só pensa em ir para praia e o primeiro local que ele procura é um quiosque.

Quais os desafios que a Ameomar deve enfrentar?

Eu acho que devemos em primeiro lugar nos unirmos, tendo em vista que são 58 estabelecimentos e 45 quiosques de coco, então são quase 100 associados. Isso é um desafio muito interessante que precisamos fazer e pensar no melhor para a orla de João Pessoa. Um segundo desafio que eu vejo é tentar traçar um objetivo em comum com a Prefeitura Municipal de João Pessoa tendo em vista os benefícios que traremos para a cidade.

Além do poder público, quem mais pode ser parceiro?

Precisamos de outras parcerias além do poder público, como o Sebrae, que é uma união importantíssima. Além de outras como a Abrasel e algumas privadas como a Ambev, Coca-Cola, Grupo Petrópolis e grandes fornecedores, por termos uma força comercial muito significativa. E claro que pretendemos nos unir com os sindicatos, como o de garçons e cozinheiros. Somos o primeiro passo de um projeto audacioso e estamos abertos para possibilidades e negociações de acordo com o que já informei.

Vivaas Assessoria & Comunicação