Jornalismo: Repórter, a profissão que escolhi para toda a minha vida

Destaque Fábio Cardoso

Não me acho uma pessoa extrovertida, muito pelo contrário. Muitas vezes, prefiro observar primeiro para depois chegar junto. Sou jornalista desde pequeno. Lembro que a minha mãe (Janet) sempre dizia que eu era tão curioso, que não podia ver cinco pessoas juntas que ia perguntar o que estavam fazendo. E arrematava: “Esse menino parece um jornalista”.

Pois bem, a vida realmente me trouxe para o Jornalismo. Ao longo de mais de 35 anos, passei por muitos momentos nessa profissão, sempre aprendendo, ensinando e, acima de tudo, respeitando as pessoas as quais tive oportunidade de entrevistar e conhecer, refletindo fielmente o que me diziam durante as entrevistas.

Hoje, Dia do Repórter, me lembrei muito dos meus pais, que torcem por mim lá em outro plano. A minha mãe, pela observação do comportamento do filho e premonição; e meu pai (José Nilson), que foi a pessoa que sempre me incentivou e que me fazia cada dia melhor com os seus olhos que brilhavam a cada reportagem, a cada elogio e prêmios que recebia.

A relação da profissão de jornalista, por pura coincidência, me leva até essa máquina de linotipo que está no fundo dessa foto. Ela foi um instrumento utilizado pelo meu pai quando ainda buscava um rumo na vida, em João Pessoa, antes de embarcar para São Paulo para buscar novos sonhos e constituir a sua família. Meu pai era gráfico dos melhores e sempre me contava a história dessa máquina e o orgulho que tinha pelo o que a vida lhe trouxe de volta. 

A foto foi tirada no último dia de trabalho no Jornal Correio da Paraíba. Em 2019, a direção da empresa decidiu por fechar o jornal impresso, alegando dificuldades financeiras e a crise ampliada com a pandemia da Covid-19. Essa decisão encerrou esse ciclo no jornalismo impresso que uniu pai e filho por tanto tempo, mas está longe de me afastar do ofício que escolhi para a minha vida.

Atualmente, trabalho no meu site (www.turismoemfoco.com.br) que completa em 2022 longos 15 anos de atividade, com reportagens publicadas os 365 dias do ano. Não escrevo mais para jornal (minha eterna paixão), mas continuo sendo o mesmo repórter que saiu da Universidade e pisou pela primeira vez na redação do Jornal O Momento. 

Parabéns a todos os repórteres, em atividade ou não…

Fábio Cardoso