Marco zero de Cairu, igreja de quatro séculos passa por reforma e abre rota turística

Brasil

Marco zero da fundação do município de Cairu, a bela e secular Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, na sede do arquipélago, está passando por reformas. De estilo arquitetônico maneirista, com construção datada de 1610, este templo religioso de quatro séculos é um dos monumentos históricos mais importantes do Brasil. Os trabalhos de recuperação iniciaram na semana passada e incluem pintura e restaurações estruturais.

A iniciativa faz parte de um movimento estratégico de conservação do patrimônio e é parte, ainda, de uma aposta no fortalecimento do segmento de turismo religioso, fomentando um novo roteiro além do majestoso Convento Franciscano de Santo Antônio – visitado pelos turistas no clássico Passeio Volta à Ilha.

Em breve, a igreja em reforma receberá, também, o Memorial do Rosário, um museu de arte sacra com peças do século 16, incluindo a primeira imagem padroeira da cidade, em material de terracota, achada no restauro feito em 2012.

De acordo com a Prefeitura Municipal de Cairu, a ideia pode contribuir para a geração de emprego e renda da comunidade nativa que vive sobretudo da atividade turística. A previsão é de que a obra esteja concluída já na primeira semana de junho.

“Somos parte integrante da história do Brasil. Esse forte apelo de identidade cultural, que guarda um extraordinário acervo religioso, arquitetônico e gastronômico nos estimula, como filhos da terra, a trabalhar na garantia da preservação do nosso patrimônio e na divulgação dos atrativos históricos do nosso município como um todo, onde estão localizados alguns dos mais desejados destinos da Bahia”, diz o prefeito Hildécio Meireles.

A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário

Situada numa elevação com vista para o rio que banha a cidade, esta igreja tem formato de cruz e foi erguida no século 17, com o patrocínio do casal Domingos da Fonseca Saraiva e Antônia de Pádua de Góes, fundadores da antiga vila.

Para a construção do templo, foi utilizado calcário dolomítico extraído da Ilha de Boipeba. No ano de 1977, a falta de cuidados com vazamentos provocou o apodrecimento de parte das madeiras do telhado, que desabou.

O edifício passou por uma ampla restauração em 2012, quando foi encontrada a imagem em terracota da santa que dá nome à igreja. Todos os anos, no mês de outubro, a comunidade cairuense celebra a festa de Nossa Senhora do Rosário.

Arquipélago de Cairu

O Arquipélago de Cairu, mais conhecido pelos destinos de Morro de São Paulo e Boipeba, está entre os top destinos listados no Mapa do Turismo Brasileiro 2022, documento do Ministério do Turismo (MTur). Lançado no primeiro semestre, o mapa põe Cairu na categoria A, classificação máxima que reúne somente as cidades com a melhor infraestrutura turística do país.

Assessoria de imprensa