Queda na movimentação de voos e passageiros no Aeroporto de Campina Grande faz empresas reduzirem quadro de funcionários

Destaque Paraíba

Após meses seguidos de alta acima de 100% na movimentação de passageiros (embarque e desembarque), o Aeroporto João Suassuna, em Campina Grande (PB), tem enfrentado uma queda vertiginosa no número de voos e passageiros, a partir de agosto deste ano. Os dados de setembro divulgados pela Aena Brasil, concessionária espanhola que administra o equipamento, apresentam uma queda de 33% nessa movimentação em relação a setembro de 2023.

O professor de Ciências Aeronáuticas da Uninassau, André Andrade, compilou dados apurados pela Aena Brasil quanto à programação dos voos e disponibilidade de assentos para passageiros para outubro de 2024, comparado com 2023. “A redução dos voos da Azul foi significativa, mais de 55% a menos, e a mudança das aeronaves de A320 (Airbus) para E2 (Embraer) reduziu a disponibilidade de assentos para passageiros”, revelou.

Essas constatações têm impacto direto no funcionamento do aeroporto. A queda de voos e de oferta de assentos, consequentemente, representa um impacto danoso junto à comunidade aeroportuária, até nos empregos no aeroporto. Segundo Andrade, as empresas com a Dnata – responsável pelos serviços de solo – têm reduzido a quantidade de funcionários, bem como outras empresas comerciais do aeroporto.

Em setembro deste ano, de acordo com as companhias aéreas que operam no João Suassuna, passaram pelo aeroporto 18.096 pessoas. No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2023, ainda há aumento de 75,5%, com fluxo de 211.243 passageiros.

A redução do número de passageiros no João Suassuna reflete igualmente na queda de operações (pousos e decolagens). Conforme a Aena Brasil, houve uma queda de 21,3% na oferta de voos – apenas 350 em agosto – em relação ao mesmo período de 2023. Por outro lado, ainda há crescimento nessa oferta, de 72,1% nos sete primeiros meses do ano. Até agosto haviam sido operados 3.988 voos.

Fábio Cardoso