Lusanova lança pacote de Révellion para Portugal, em João Pessoa

Brasil

A Lusanova Operadora lançou, nesta quarta-feira (21), em João Pessoa (PB), o seu pacote de Réveillon para Portugal durante um road show que já passou por Recife (PE), na terça-feira (20), e seguirá ainda para Natal (RN). O evento reuniu cerca de 50 agentes de viagens, que tiveram a oportunidade de conhecer detalhes do pacote que, neste ano, terá saídas para Portugal dos aeroportos de Fortaleza, Maceió, Natal, Recife e Salvador. Também haverá saídas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – uma novidade. Estão disponíveis para comercialização 1.646 assentos nos aviões fretados pela operadora para as festas de final de ano com saída no dia 27 de dezembro e retorno no dia 03 de janeiro de 2026.

Os executivos Sergio Vianna, Diretor Comercial Lusanova Brasil, e Pedro Ramos, Diretor da Alto Astral, se dividiram na apresentação do pacote para os agentes de viagens. Ramos revelou duas novidades. O voo Natal-Fortaleza-Lisboa, um dos mais procurados pelos paraibanos, pode ser transformado em uma operação direta entre as capitais potiguar e a portuguesa, eliminando a parada em Fortaleza. A Lusanova deve lançar o voo Salvador-Porto, que seria a primeira rota fretada no Brasil entre as duas cidades. O lançamento está previsto para a próxima semana. Esse voo sairá no dia 26 de dezembro e retornará no dia 02 de janeiro.

Durante a apresentação, Vianna enfatizou que os agentes de viagens precisam deixar claro aos clientes sobre a necessidade de fechar o pacote com bastante antecedência, tendo em vista os reajustes tradicionais para cada período. A cada virada de mês, informou, o pacote vai ficando cerca de R$ 500 mais caro. “A compra com antecedência garante preço melhor”, pontou o executivo, que enfatizou que todos os preços serão cobrados em real.

Os dois executivos são velhos conhecidos do mercado nordestino. A Lusanova é uma operadora portuguesa que atua no mercado internacional há mais de 30 anos com voos fretados. Foi fundada em 1959, em Portugal, e chegou no Brasil, em São Paulo (onde funciona a matriz), em 1999. Em 2010 abriu escritório no Rio de Janeiro e, dois anos depois, no Recife. No ano passado, a empresa chegou em Belo Horizonte, um investimento que, segundo Ramos, tem sido uma surpresa muito positiva.

Paraibanos são clientes frequentes

Pedro Ramos afirmou que o público paraibano, apesar da necessidade de se deslocar para Natal ou Recife para poderem embarcar para a Europa, consume bem os pacotes para o exterior, em especial Portugal, no fretamento. No ano passado, a Lusanova fechou entre 140/150 passageiros da Paraíba, o que faz com que a operadora amplie o número de assentos nos aviões para este Réveillon. No ano passado, o pacote disponibilizou 1.200 assentos e, para 2025, foi aumentado para 1.464 assentos.

Segundo o executivo, esse ano a operadora tem a desvantagem da desvalorização do real, em mais de 20% em relação ao ano passado no mesmo período. Como os preços são constituídos em euros, refletirá diretamente nos preços dos pacotes. Em 2024 o preço desse pacote girava em torno de R$ 10 mil, atualmente chega a R$ 12 mil, levando-se em conta o câmbio do dia, R$ 5,50 para R$ 6,40/R$ 6,50, tornando o produto um pouco mais difícil de ser vendido, apontou Ramos.

A proposta deste reveillon, que começou há 20 anos, incentivava os brasileiros a irem para a Europa por seis noites, o que era mais barato do que passar um reveillon de seis dias em um resort em Salvador (BA), no Nordeste. “E aí a gente começou a lotar os aviões e, hoje, a gente consegue uma média de mil passageiros para essa operação. Claro que este ano a gente espera aumentar o número de passageiros, que os agentes de viagens consigam fazer boas vendas. Vamos ver”, afirmou.

Ramos explica que esse tipo de produto, se não houver os dois mercados – Brasil e Portugal – não existe. Quando o avião chega no Brasil vem cheio de portugueses, ficando, aqui no Nordeste, em Natal (RN), Fortaleza (CE), Maceió (AL)… São quatro aviões cheios e, para aproveitar a ‘perna Brasil’, nós colocamos os brasileiros. Se não houver os dois, eles não dançam”.

Avião não pousa no Aeroporto Castro Pinto

O primeiro voo charter de Portugal para o Brasil, em julho de 2000, pousou no aeroporto de João Pessoa (PB), lembrou o executivo. “Apesar das dificuldades de infraestrutura do aeroporto naquela época, os aviões eram menores. E a infraestrutura desse aeroporto não atende a capacidade de nossos aviões. Seria impossível a gente trazer, hoje, um fretamento de Portugal para aqui com aeronaves A330 / A340. O aeroporto não está certificado. Tecnicamente, não é possível a gente pousar nossos aviões em João Pessoa. Não tem suporte para grandes aeronaves”.

Fábio Cardoso -Fotos: TF