Quando João Azevêdo anunciou a Convenção da CVC em João Pessoa, 2 mil pessoas gritaram “Paraíba”, em São Paulo

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O governador da Paraíba, João Azevêdo, afirmou, nesta sexta-feira (13), que foi “um grande erro” na vida dos executivos da CVC Corp, deixá-lo subir no palco da Convenção Nacional de Vendas da operadora, em São Paulo, em fevereiro deste ano. O governador, na oportunidade, recebeu uma honraria da operadora, considerada uma das maiores da América Latina, e anunciou que João Pessoa iria sediar a convenção em 2026. “A gente disse lá que iríamos levar para João Pessoa a convenção e foi a maior confusão, com mais de duas mil pessoas, em pé, gritando o nome de João Pessoa”, disse.

Nesta sexta-feira, João Azevêdo – com a assinatura do protocolo que representa o lançamento oficial da Convenção da CVC Corp na Capital paraibana -, enfatizou que aquele momento era a concretização de tudo que aconteceu em São Paulo naquele dia histórico. “Eu acho que cabe a quem é gestor ter a real compreensão da importância do Turismo para economia de um estado”.

Essa referência também é consequência e resultado da concretização do Polo Turístico do Cabo Branco. “Ali, naquele projeto, do polo turístico, são investimentos altos, que vão chegar quase R$ 100 milhões, dinheiro do Estado, mas a iniciativa privada está investindo R$ 2,5 bilhões. Por isso que eu agradeço demais, eu vejo aqui os que estão investindo no Polo, o Gaspar, o Holanda, ou seja, essas pessoas estão investindo ali porque o Estado teve a condição e a competência de criar um ambiente de negócios propício para gerar confiança do investidor”.

De acordo com João Azevêdo, ninguém coloca dinheiro, seu recurso capital, no local em que não tenha a certeza de que você terá retorno, de que o investimento vai dar retorno.

“Não se trata apenas de dinheiro. Eu sempre digo isso. Não é apenas dinheiro. Esse protocolo que nós assinamos ali, até um valor que o Estado vai entrar, sei lá quanto, não é essa questão do dinheiro não. Dinheiro o Estado tem, assim como a compreensão de que você tem todo um processo e que a gente decidiu fazer alguma coisa extremamente planejada”.

O governador voltou a afirmar que hoje é fácil ‘vender’ o Polo Turístico, que era um sonho, mas, a partir do momento em que se tornou uma realidade, “as pessoas começaram a olhar e, de repente, começamos verdadeiramente o processo que hoje está consolidado. Hoje é muito fácil,  sinceramente, quando o empresário nos procura querendo investir, porque ele está vendo que está acontecendo ali um projeto que vai gerar 20 mil empregos ali naqueles hotéis, nos grandes Resorts que estão sendo construídos ali”.

Governador disse que as pessoas o achavam chato

João Azevêdo brincou com os executivos da CVC Corp, ao afirmar que, ainda em 2019, quando assumiu o Governo, nas reuniões em que participava, era dito como “um cara chato”, que não queria divulgar a Paraíba. Na opinião dele, naquele momento, a Paraíba não tinha realmente o que mostrar. “Não é só divulgação. Se você não tem o que mostrar, você tem que ter infraestrutura para poder oferecer, se não tiver, você não vende isso, isso é um processo natural, e a gente diz isso e, às vezes, muitas pessoas querem dizer: ‘esse cara é chato, governador chato’ não quer vender o Estado”.

O governador não negou que não eu queria vender o Estado para fora naquela época, mas, também, segundo ele, a partir do momento em que tivesse condições de oferecer uma infraestrutura que colocasse a Paraíba no patamar em que está hoje, não pensaria duas vezes em iniciar o processo de promover o Estado em todos os cantos do Brasil e do mundo.

“Esta convenção vai acontecer coincidindo com o início da operação de hotéis ali no Polo, essa convenção vai acontecer quando  Boulevard dos Ipês estiver pronto, funcionando. Essa convenção vai acontecer quando o parque aquático já estiver operando e recebendo turistas, ou seja, essa é a questão de você fazer o planejamento para que as coisas aconteçam no seu tempo”.

Fábio Cardoso – Foto: Pedro Ivo