Márcia Pequeno revela o rock que tem no forró em show, neste domingo, no Teatro Apolo, em Recife

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Como forma de dar o pontapé nas celebrações em torno dos 15 anos de carreira, a serem completados em 2025, a cantora pernambucana Márcia Pequeno sobe ao palco do Teatro Apolo, neste domingo (02), para apresentar o show “Forrock” a partir das 16h, ao lado do sanfoneiro Fernando Vinil. A apresentação, que será aberta ao público, une dois lados do trabalho desenvolvido pela artista, que iniciou a trajetória musical pelo rock e a psicodelia para, anos depois, abraçar a música popular, em especial, o forró e o frevo.

No espetáculo, que tem direção musical de Gilú Amaral, a cantora promove uma espécie de tributo a uma das bandas mais representativas da cena roqueira em Pernambuco, a Ave Sangria, hoje composta por Marco Polo Guimarães, Almir de Oliveira, Juliano Holanda e o próprio Gilú Amaral. Mas não só à Ave Sangria, na verdade, Márcia Pequeno volta às raízes para resgatar uma parte de sua história e da cena dos anos 70 no Estado. O show é realizado com o benefício da Lei Paulo Gustavo e apoio da Prefeitura do Recife.

“Gravei e cantei muito composições de integrantes da Ave, mas também de Lula Côrtes e de Alceu Valença. Quero muito homenagear Israel Semente, que foi baterista da Ave e era um amigo querido. Enfim, será um grande tributo ao rock de Pernambuco, e terei a alegria de dividir o palco com Almir, Marco Polo, Breno Lira e com Gilú”, destaca a cantora. “São músicos com os quais já tenho amizade, como Almir, que é um grande parceiro, mas nunca chegamos a cantar juntos, pelo menos nunca oficialmente. Será realmente marcante”, completa Márcia.

O palco escolhido para esta celebração pra lá de especial tem um significado especial para a cantora. “Tudo tem um porquê, não é? Foi no Teatro Apolo que fiz o meu primeiro show profissional para o público. Voltar agora, 15 anos depois, me emociona muito. E o Apolo também era a casa dos shows da psicodelia do Recife. Curiosamente, eram sempre shows em datas complicadas, horários ruins, para ver se não vingavam. E as bandas lotavam a casa!”, lembra ela.

Para o percussionista e diretor musical Gilú Amaral, este encontro do rock com o forró é um “casamento que já deu certo”: “O que o público pode esperar deste casamento musical proposto no ‘Forrock’? Acho que esse já é um casamento bem antigo. As bandas de pífanos são bandas de rock’n’roll. Aquela sonoridade, aquela pegada já tem um toque de rock’n’roll na sua identidade, na sua personalidade. O próprio Gonzaga também tinha isso. Não o rock’n’roll mesmo, no sentido musical, mas no sentido mais antropológico da palavra, da atitude rock’n’roll”.

O músico reforça as semelhanças. “Acho que é um casamento que combina, e aí claro, tem várias outras vertentes de bandas e artistas, incluindo a própria Ave Sangria, que foi talvez a precursora desse jeito de fazer música, e depois veio o movimento mangue, com vários artistas trazendo isso de forma muito inteligente musicalmente e mostrando que a música não tem fronteiras. A gente não precisa pensar a música de uma forma fechada, essa amplitude é importante. Então eu acho que esse casamento é perfeito”, considera Gilú.

Márcia Pequeno revela que deu carta branca para Gilú montar o show, embora tenha selecionado as músicas que pretende cantar. Ela faz segredo do repertório de “Forrock”, mas antecipa algumas das composições ensaiadas para a apresentação. “’Marginal’, ‘Geórgia’, ‘Dois Navegantes’ e ‘Girassóis’ são algumas das músicas que estamos ensaiando e que Gilú está trabalhando os arranjos. Escolhi o repertório, mas ele está a cargo de todo o resto: sequência das obras, arranjos. Estou confiante e muito animada para o show”, finaliza a artista.

Carreira
Márcia Pequeno nasceu no Recife em 1968, um ano de mudanças mundiais no protagonismo cultural e político da Juventude. Ela é herdeira dessa inquietude. De voz afinada, com timbre suave, sem sotaque regional, Márcia tem exercitado, ao longo da carreira um repertório consistente de música contemporânea brasileira, a partir de raízes pernambucanas. A artista participa, tradicionalmente, dos ciclos culturais locais, com destaque para o São João e o Carnaval.

A artista coleciona quatro discos gravados: “Brilho de Mulher” (2011), “Som de Cinema” (2013), “Madrugada e Frevo” (2014) e “Márcia Pequeno Canta o Grande Petrúcio Amorim” (2017).
Para o São João 2024, já está agendado show no dia 21 de junho, no Arraial da Rio Branco, no Recife.

Serviço:
Show “Forrock”, com Márcia Pequeno, domingo (2/6), no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, Recife), às 16h. Ingressos gratuitos, sendo obrigatória a retirada pela plataforma Sympla.
Ficha técnica:
Breno Lira – Guitarra
Miguel Mendes – Baixo
Ricardo Fraga – Bateria
Gilu Amaral – Percussão
Fernando Vinil – Sanfona
Direção musical – Gilú Amaral
Direção Geral e Cênica – Rodolfo Aureliano
Produção Executiva – Maria Aureliano
Assessoria de Imprensa – Mia Comunicação
Incentivo: Ministério da Cultura, Fundação de Cultura Cidade do Recife, Lei Paulo Gustavo.

Assessoria de imprensa