Justiça deve decidir sobre posse do Hotel Tambaú até o final de setembro

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A disputa judicial pela posse do Hotel Tambaú, em João Pessoa (PB), pode terminar até o final de setembro deste ano. Conforme o governador da Paraíba, João Azevêdo, durante uma audiência com o ministro relator do processo, da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marcos Buzzi, em Brasília, ouviu dele um compromisso de que tomaria uma decisão até setembro, resolvendo assim essa disputa de vez.

“Fui conversar com o ministro na condição de governador, sem a intenção de tomar partido ou defesa de qualquer parte”, enfatizou Azevêdo. Segundo ele, durante o encontro, mostrou ao ministro a importância agilizar e liberar esse processo, para que o Hotel Tambaú fosse recuperado e voltasse a funcionar normalmente o mais rápido possível.

“Pedi ao ministro essa rapidez e a gente espera que se chegue a um denominador comum, por o Hotel Tambaú se tratar de um dos nossos maiores cartões postais”.

A disputa pelo Hotel Tambaú teve início já durante o segundo leilão, realizado em fevereiro de 2021, no Auditório de Leilões do Sindicato dos Leiloeiros do Estado do Rio de Janeiro, quando o Grupo AG Hoteis e Turismo S/A, do Rio Grande do Norte, foi declarado pelo leiloeiro vencedor da Praça, por um valor de R$ 40,6 milhões, que deveriam ser pagos em parcelas, com um depósito inicial de 10%, o que teria sido feito.

O advogado Rui Galdino, entretanto, questionou o resultado do leilão, alegando que teria tentado fazer um lance, mas o sistema havia sido travado, no horário previsto. O leilão foi realizado de forma híbrida (presencial e online). No auditório só havia uma representante do grupo norte rio-grandense, que fez o lance.

Na Justiça, Rui Galdino voltou a questionar a realização ainda do primeiro leilão, tendo ganhado na Justiça, mas alegou teria apenas R$ 15 milhões, dos R$ 40 milhões estabelecidos como valor inicial do leilão. A Justiça então decidiu pela anulação da segunda Praça, dando direito à posse do hotel ao advogado. O Grupo A Gaspar entrou com um novo recurso.

No meio dessa disputa judicial, entrou em cena o Grupo Ampar Hotelaria, dos empresários paraibanos André Amaral e Warwick Ramalho, que negociou com o advogado e pagou o valor de R$ 40 milhões pela posse do equipamento hoteleiro, em junho de 2022. Até então, o Ampar vinha agilizando etapas da reforma até que, em outubro de 2023, emitiu uma nota de que estaria suspendendo qualquer intervenção no hotel até decisão final da Justiça.

Fábio Cardoso