As empresas de transporte rodoviário estão aguardando as definições do novo Marco Regulatório de Passeios para colocar em prática um amplo projeto de expansão de novas rotas pelo Brasil. Conforme Rodrigo Mont’Alverne, gerente de marketing da Guanabara no Nordeste, a abertura de mercado no setor, com novas ofertas de rotas e serviços, encerrando alguns monopólios, será um grande avanço e permitirá maior democratização e poder de decisão dos clientes. A Guanabara, segundo o executivo, tem algumas demandas que deverá colocar em prática, inclusive, na Paraíba.
O estado conta com algumas rotas saindo de Campina Grande e João Pessoa, com destinos como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A Guanabara também conecta as duas cidades para Fortaleza, assim como em quase todas as grandes cidades brasileiras, já que a empresa é um guarda-chuva que conta com outras seis companhias no Brasil.
Rodrigo Mont’Alverne está muito otimista com a abertura desse mercado, até porque o setor tem percebido a migração cada vez maior dos clientes do aéreo para o rodoviário nos últimos anos e não apenas por conta do alto valor das passagens aéreas. “Dentro da pandemia, as empresas se prepararam, o transporte rodoviário foi o primeiro que retornou, como forma de movimentar o turismo e a sua economia no país, investindo em novas tecnologias, em novos ônibus, com serviços diferenciados, e aí vem o pulo do gato”, afirmou o executivo.
De acordo com ele, hoje, “as empresas têm serviço cama, tem serviço leito, semi leito, programas de fidelidade, salas vips, agente conceito, horários expressos, e o cliente, que viaja pelo aéreo, que viaja a certa distância, irá comparar. Poder fazer uma viagem de sete a oito horas com máximo de conforto, com cama, sem parada, podendo estar pagando 10 vezes menos do que um aéreo. Então, nós temos conseguido essa migração e estamos investindo fortemente na expansão desses serviços expressos”, enfatizou.
Mont’Alverne afastou qualquer possibilidade da Guanabara vir algum dia investir no mercado da aviação comercial como companhia aérea, a exemplo da Itapemirim. “Não temos, de jeito nenhum, a intenção de transformar a Guanabara em uma companhia aérea”, enfatizou.
Presença da BTM, em Fortaleza
A Guanabara esteve presente com estande na BTM – Brazil Travel Market, realizada na semana passada no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Na opinião de Mont’Alverne, o evento foi mais um ano de sucesso, “numa pegada B2B, uma estrutura impecável, organização, muito movimentado, importante para a nossa cidade, oportunidades de negócios, serviços, transportes, hotelaria, receptivo, muitos fornecedores. O nosso estande não parou, seja visita dos nossos clientes, aquele que deseja locar um veículo, ser revendedor Guanabara, até porque é uma marca nacional. A avaliação é muito positiva, um evento com a cara do Nordeste e a gente precisa para o nosso turismo”.
A Guanabara se prepara para receber um grupo de busólogos para o encontro anual que promove na capital cearense. Essa será a 14ª edição, consolidando-se como uma tradição no calendário de eventos para busólogos, no dia 30 de novembro. “Você imagina estar em sua casa e receber seus admiradores? Você tem pessoas do Brasil inteiro para ver ônibus, que são fãs da Guanabara. Como é bom você abrir a sua empresa e receber pessoas que conhecem muito sobre transporte. Antigamente, você só tinha pessoas que iam fotografar ônibus, e, hoje, além das fotografias, você tem debates sobre o marco regulatório, legislação vigente, novos entrantes, concorrência. Então, é um evento de muita troca, de muita interação”, disse o executivo.
Fábio Cardoso