Bolsonaro diz que contará com apoio da Índia para produzir hidroxicloroquina e reafirma que fome e miséria também matam

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou agora há pouco, em pronunciamento oficial em rede nacional, que terá apoio do primeiro-ministro Índia, Narendra Modi, para que o Brasil continue recebendo os produtos farmacêuticos necessários à produção da hidroxicloroquina. Bolsonaro defende que a hidroxicloroquina seja aplicada em pacientes com a Covid-19 ainda em fase inicial.

Bolsonaro pareceu bem mais confiante nesse processo depois que conversou com o médico Kalil Filho, diretor-geral do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio. Roberto Kalil admite que tomou hidroxicloroquina para se tratar da Covid-19. O médico ainda sente os efeitos da doença, como a tosse, mas está recuperado e deixou o hospital nesta quarta-feira (08). Segundo o presidente do Brasil, Kalil teria dito a ele que, além de tomar o medicamento, ministrou para outros pacientes.

Durante o pronunciamento, Bolsonaro voltou a pedir para que os governadores e prefeitos – sem citá-los – que repensem as medidas de isolamento social que, segundo ele, tem provocado danos irreparáveis para a economia brasileira. Ele comparou uma pessoa doente com o coronavírus e as pessoas humildes, afirmando que os dois podem matar. Na situação em que o vírus mata, a fome e a miséria matam na mesma proporção, segundo o presidente.

Bolsonaro também citou novamente falas do diretor-geral da OMS – Organização Mundial de Saúde -, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sobre a preocupação com os mais humildes, alertando que cada país tem a sua particularidade. “Os mais humildes não podem deixar de se locomover; o desemprego leva à pobreza, à miséria, à morte”, disse.

O presidente ainda citou diversas medidas econômicas que o Governo Federal vem promovendo, a exemplo do benefício social, que começará a ser pago a partir desta quinta-feira (09). Cada cidadão cadastrado receberá três parcelas de R$ 600. Falou ainda da liberação de bilhões de reais em recursos que estarão sendo aplicados nas áreas sociais, saúde e economia.

No final do pronunciamento, Bolsonaro disse que, quando deixar a presidência, deixará um país melhor para todos os brasileiros. Desejou paz a todos durante a Semana Santa e o domingo de Páscoa.

Fábio Cardoso – Foto: Carolina Antunes